sexta-feira, 11 de julho de 2014

Aos contadores de história, com carinho

Quando conto uma história, falo de mim. Conto como se eu fosse o outro de quem falo. Me introduzir na história do outro exige de mim ainda mais carinho e cuidado: com a história e com o público.

Tenho como referência contadores de histórias de peso, como Bia Bedran e Roberto Carlos e tantos outros encantadores mentirosos de carteirinha. Para convencer, eles se apropriam da história de tal maneira que na medida em que a narrativa vai sendo desfiada, ela deixa de ser mentira e as crianças, de todas as idades, acreditam profundamente e reagem aos fatos narrados como se fosse uma questão de honra. Gosto de viajar nas carinhas de sufoco e de alegria que os contadores conseguem imprimir no público ao longo da contAção. Admiro especialmente os que contam apenas com a oralidade e, mesmo tendo apenas a palavra como ferramenta de trabalho, competentemente seduzem, mantendo o público amarrado no fio da história.

Não é atoa que as crianças querem abraçar os contadores no final - eu acho essa a melhor parte do meu trabalho. A experiência estabeleceu um contato íntimo de tamanha cumplicidade e descobertas que o abraço é a catarse, a prova de que, bem ali existe uma amizade real. Se a criança se deparar com o livro da história que um dia ela ouviu, certamente se lembrará da voz e do cheiro da contadora ou do contador que gentilmente a conduziu por aquele sonho. É possível até que aquelas histórias e as sensações que os contadores despertaram fiquem guardadas para sempre, eternizando a infância! Já pensou?  Se isso for possível, tenho a melhor profissão do mundo!

          Para ter uma contadora feliz em sua escola ou na sua festa, escreva para silvania.paula.santos@gmail.com ou ligue para 992653105.