sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Se liga bicho


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Seminário discute problemas na Lapa

Ontem estive no Seminário de Desenvolvimento Comunitário promovido por várias associações de moradores da Lapa e adjacências. Além de moradores e trabalhadores do bairro, estiveram presentes militantes como Moisés que é presidente da  associação dos moradores da Riachuelo; Carlos Augusto, presidente da associação dos moradores da Cruz Vermelha, Maria João que preside o conselho de infra-estrutura, e Vinícius, do site A Lapa é minha ou a lapa é nossa

Senti falta de representantes do comércio e do governo, mesmo assim a reunião foi produtiva: os presentes apresentaram diversas propostas, inclusive de manifestações públicas em prol de melhorias no bairro.

A associação de moradores da Riachuelo, por exemplo, pleiteou a restauração de antigos prédios como a Casa do Osório e de Chiquinha Gonzaga que poderia fomentar ainda mais a cultura local. Essa associação promove também um abaixo assinado para a inclusão de ruas que não foram contempladas no Projeto de revitalização  proposto na gestão de Eduardo Paes.

Não é a primeira vez que essa reunião acontece para discutir as medidas verticais promovidas pelo poder público como o fechamento de ruas do bairro nos finais de semana e o fechamento dos batalhões que cuidavam da segurança no centro. O descaso com a população de rua, o abandono de prédios públicos e a poluição sonora não poderiam estar fora do debate, uma vez que representam problemas antigos enfrentados na região. 



Os rumores de projetos que ferem a Lei orgânica, como a implantação de quiosques nos arcos também preocupam os que estavam presentes na reunião. Além do desejo de participar das decisões implementadas, os participantes apontaram algumas propostas objetivas como a transformação dos prédios abandonados em sedes de escolas estaduais que estão sendo desativadas.

Uma das propostas que levei foi o levantamento e ampla divulgação do volume de impostos gerados nos últimos anos no bairro, com a chegada de novos estabelecimentos e empreendimentos como o Cores da Lapa. Acredito que a transparência no orçamento e a participação da população pode reverter em melhorias, que não ficarão concentradas nos monumentos, mas abrangerá a região de forma ampla e democrática. Também sugeri que usássemos todos os instrumentos de comunicação disponíveis, como jornais, blogs, sites e programas de rádio, para divulgar nossa indignação e as manifestações do movimento. Quando conseguiremos atrair para o nosso bairro a mesma atenção dos principais bairros turísticos e um investimento digno de um bairro que fica no centro das atenções de quem visita a cidade?



Por exemplo, se a sujeira do bairro também é responsabilidade da população, e é, manifestos culturais que causem impacto e contribuam para a mudança dos hábitos locais são bem-vindos. Assim, um concurso de esquetes poderia trazer para o bairro algumas companhias de teatro interessadas não apenas no prêmio, mas em prestar um serviço à esse bairro que é tão amado pelos brasileiros e estrangeiros. Outra opção é convidar produtores de programas como o "Profissão Repórter"  para fazer uma matéria sobre o lixo na Lapa. Assim, estaríamos envolvendo a imprensa na promoção de uma reflexão e mudança de hábitos. Tais programas iriam mostrar uma investigação aprofundada sobre o volume do lixo produzido diariamente, os absurdos praticados por moradores e comerciantes, o trabalho desenvolvido por varredores e coletores, o destino que esses resíduos costumam ter, além de apresentar exemplos de alternativas que alguns grupos já fazem no bairro e as perspectivas que podem tornar o bairro mais limpo.

Ouvi também relatos de moradores que vivem a mais tempo no bairro e assistem desiludidos a deterioração do centro. Para evitar os "shoppings de calçada" e problemas com moradores de rua, alguns estabelecimentos estão instalando grades irregulares para reduzir o tamanho das calçadas. Essas intervenções arquitetônicas são interpretadas como se o poder público estivesse declarando a incompetência para fazer cumprir a lei e permitindo que os moradores e empresários se defendam como podem. Da mesma forma, ao permitir que os bares da Lapa coloquem suas mesas na calçada, obrigando os pedestres a se arrisquem no meio da rua, pode fazer crer que o fechamento das ruas não se limitará aos finais de semana, uma vez que os próprios moradores, ávidos por segurança poderão pedir que as ruas fiquem fechadas ao longo de toda a semana.

Os presentes que residem próximo à praça João pessoa aproveitaram a presença de um representante da polícia militar para pedir esclarecimento sobre a falta de intervenção em bares e blocos que ao longo de toda madrugada geram ruídos. Estabelecimentos como o Boemia da Lapa, o Beco do Rato, a Tipsy e o Nega Rosa foram citados como desrespeitosos ao sossego dos moradores. "Onde está o Projeto psiu?" Quiseram saber os presentes?

Além dos problemas citados, que para a solução dependem apenas da disposição do governo municipal fazer cumprir as leis, foi mencionado o problema do esgoto. Os presentes desejam clareza sobre as ações que estão sendo pensadas para sanear o enorme volume de esgoto gerado, principalmente nos últimos anos com a chegada de novos empreendimentos no bairro. Será que o histórico das enchentes ensinaram algo aos nossos governantes ou eles negligenciarão esse problema, como fizeram com o bonde de Santa?

sábado, 17 de setembro de 2011

Professores Malucos?


Hoje fomos assistir a Pre-estréia do filme Uma Professora Muito Maluquinha. O bonde incluía minha filha de cinco anos e alguns amigos da escola com pais animados... e olha que a sessão começou às 10 na Barra! Muita gente estava lá, o filme foi exibido em varias salas, mas a organização foi eficiente. Pipoca na mão, estávamos ávidos para conferir a adaptação do clássico de Ziraldo.


O que vimos foi uma bela história de amor: aos educadores que fazem a diferença. 


É inegável que o Brasil carrega um histórico sofrível de medidas que foram apagando o sonho dos professores.  O que dizer de medidas impostas de cima para baixo, como a última de Haddad propondo aumentar o número de dias letivos? E como pensar nessa profissão sem se indignar com os salários vergonhosos pagos, sobretudo na Rede Publica, a falta de respeito e de segurança nas escolas contemporâneas?


Bom, mas o recorte feito pelos diretores César Rodrigues e André Pinto se concentrou na valorização do que há de belo, criativo, terno e ousado  na profissão de professor, em especial, de professora. Esses incorrigíveis românticos fizeram uma homenagem à disposição de uma educadora que insistia em ser diferente e para quem, deixar brincar era mais importante do que impor deveres de casa; o prazer da leitura poderia ser despertada com a ajuda dos quadrinhos ou de engenhocas inventadas pelo portuga da cidade; a sala de aula poderia ser o mundo; ensinar em parceria com outra disciplina produz uma experiência inesquecível,  a sala de cinema é um local privilegiado da aprendizagem e as provas podem ser dispensadas, desde que o profissional de ensino conheça de fato seus educandos.


Seria utopia pensar que ainda existem profissionais que amam ser professores? Claro que não! Na tela eu projetei meus professores e os amigos queridos que tive a sorte de encontrar nessa profissão encantadora que eu escolhi: de maluca que também sou.



Título original: (Uma Professora Muito Maluquinha)
Lançamento: 2010 (Brasil)
Direção: André Pinto, César Rodrigues
Atores: Paola Oliveira, Chico Anysio, Suely Franco, Joaquim Lopes.
Duração: 120 min
Gênero: Infantil

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Prepare-se para se apaixonar por essa garotinha




Minha amiga Carla Codeço me apresentou uma jóia: Punky, o primeiro desenho animado do mundo com um personagem que tem síndrome de Down.




 Veja o primeiro episódio do desenho animado (em inglês):

http://www.punky.ie/index.html


Punky é divertida, carinhosa e vive com sua mãe, irmão, avó e o cão “Rufus”. A proposta de J. Lindsay Sedgwich, autor da série, é mostrar que uma criança com síndrome de down pode levar uma vida normal como qualquer outra criança.  


Espera-se que os fãs de Punky, principalmente os espectadores em idade pré-escolar, descubram que uma criança pode ter uma deficiência e ser um personagem admirado.

"Punk não é uma síndrome de down, mas uma pessoa com síndrome de down. Se pudermos passar essa mensagem a essa geração, então criamos uma série muito proveitosa.” Rourke Gerard, produtor da série. 

A empresa doará metade das comissões de vendas para Síndrome de Down Educação Internacional.


“Queremos que Punk torne-se uma embaixadora mundial de crianças com síndrome de down e crianças com dificuldades de aprendizagem, quebrando assim estereótipos e defendendo a alegria da individualidade”, afirma Rourke Gerard.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Granja de Haddad



Acabo de saber que o ministro da educação brasileira, aquele que ficou conhecido pelas trapalhadas do ENEM, afirmou na CBN que quer aumentar para 220 dias a quantidade de dias letivos! Minha esperança ao publicar essa idiotice (leia abaixo e entenda) aqui no blog é que o texto de Rubem Alves nos traga algumas luzes sobre as trevas propostas pelos granjeiros que, sem competência para qualificar o ensino, quantificam. (Os grifos são meus).

“O CANTO DO GALO”
Rubem Alves Filósofo e professor da Unicamp (Faculdade de Educação)

Era uma vez um granjeiro. Era um granjeiro incomum, intelectual e progressista.
Estudou administração, para que sua granja funcionasse cientificamente. Não satisfeito, fez um doutorado em criação de galinhas.
No curso de administração, aprendeu que, num negócio, o essencial é a produtividade. O improdutivo dá prejuízo; deve, portanto, ser eliminado.
Aplicado à criação de galinhas, esse princípio se traduz assim: galinha que não bota ovo não vale a ração que come. Não pode ocupar espaço no galinheiro. Deve, portanto, ser transformada em cubinhos de caldo de galinha.
Com o propósito de garantir a qualidade total de sua granja, o granjeiro estabeleceu um rigoroso sistema de controle da produtividade de suas galinhas. “Produtividade de galinhas” é um conceito matemático que se obtém dividindo-se o número de ovos botados pela unidade de tempo escolhida. Galinhas cujo índice de produtividade fosse igual ou superior a 250 ovos por ano podiam continuar a viver na granja como galinhas poedeiras. O granjeiro estabeleceu, inclusive, um sistema de “mérito galináceo”: as galinhas que botavam mais ovos recebiam mais ração. As galinhas que botavam menos ovos recebiam menos ração.
As galinhas cujo índice de produtividade fosse igual ou inferior a 249 ovos por ano não tinham mérito algum e eram transformadas em cubinhos de caldo de galinha.
Acontece que conviviam com as galinhas poedeiras, galináceos peculiares que se caracterizavam por um hábito curioso. A intervalos regulares e sem razão aparente, eles esticavam os pescoços, abriam os bicos e emitiam um ruído estridente e, ato contínuo, subiam nas costas das galinhas, seguravam-nas pelas cristas com o bico e obrigavam-nas a se agachar. Consultados os relatórios de produtividade, verificou o granjeiro que isso era tudo o que os galos – esse era o nome daquelas aves – faziam. Ovos, mesmo, nunca, jamais, em toda a história da granja, qualquer um deles botara. Lembrou-se o granjeiro, então, das lições que aprendera na escola, e ordenou que todos os galos fossem transformados em cubos de caldo de galinha.
As galinhas continuaram a botar ovos como sempre haviam botado: os números escritos nos relatórios não deixavam margens a dúvidas. Mas uma coisa estranha começou a acontecer. Antes, os ovos eram colocados em chocadeiras e, ao final de vinte e um dias, eles se quebravam e de dentro deles saíam pintinhos vivos. Agora, os ovos das mesmas galinhas,depois de vinte e um dias, não quebravam. Ficavam lá, inertes. Deles não saíam pintinhos. E, se ali continuassem por muito tempo, estouravam e de dentro deles o que saía era um cheiro de coisa podre. Coisa morta.
Aí o granjeiro científico aprendeu duas coisas:
Primeiro: o que importa não é a quantidade dos ovos; o que importa é o que vai dentro deles. A forma dos ovos é enganosa. Muitos ovos lisinhos por fora são podres por dentro.
Segundo: há coisas de valor superior aos ovos, que não podem ser medidas por meio de números. Coisas sem as quais os ovos são coisas mortas”.
Esta parábola é sobre a universidade. As galinhas poedeiras são os docentes. Corrijo-me: docente, não. Porque docente quer dizer “aquele que ensina”. Mas o ensino é, precisamente, uma atividade que não pode ser traduzida em ovos; não pode ser expressa em termos numéricos. A designação correta é pesquisadores, isto é aqueles que produzem artigos e os publicam em revistas internacionais indexadas.
Artigos, como os ovos, podem ser contados e computados nas colunas certas dos relatórios.
As revistas internacionais são os ninhos acreditados. Não basta botar ovos. É preciso botá-los nos ninhos acreditados. São os ninhos internacionais, em língua estrangeira, que dão aos  ovos sua dignidade e valor. A comunidade dos produtores de artigos científicos não fala português. Fala inglês.
Como resultado da pressão “publish or perish”, bote ovos ou sua cabeça será cortada, a docência termina por perder o sentido. Quem, numa universidade, só ensina, não vale nada. Os alunos passam a ser trambolhos para os pesquisadores: estes, em vez de se dedicarem à tarefa institucionalmente significativa de botar ovos, são obrigados pela presença de alunos a gastar seu tempo numa tarefa irrelevante: ensino não pode ser quantificado (quem disser que o ensino se mede pelo número de horas/aula é um idiota).
O que está em jogo é uma questão de valores, uma decisão sobre as prioridades que devem ordenar a vida universitária: se a primeira prioridade é desenvolver, nos jovens, a capacidade de pensar, ou se é produzir artigos para atender a exigência da comunidade científica internacional de “publish or perish”.
Eu acho que o objetivo das escolas e universidades é contribuir para o bem estar do povo. Por isso, sua tarefa mais importante é desenvolver, nos cidadãos, a capacidade de pensar. Porque é com o pensamento que se faz um povo. Mas isso não pode ser quantificado como se quantificam ovos botados. Sugiro que nossas universidades, ao avaliar a produtividade dos que trabalham nela, dêem mais atenção ao canto do galo… 
In: ALVES, Rubem. Entre a Ciência e a Sapiência. O Dilema da Educação. 6ªed. São Paulo: Ed. Loyola, 2001. p. 67-71

domingo, 4 de setembro de 2011

Mãe de coragem ou de sorte?

No último recesso escolar de julho recebi várias dicas sobre as colônias de férias que o Rio oferece. Aí resolvi propor um dia de férias para os amigos da escola da minha filha, na minha casa. Foi uma delícia! 


A turma dela é o máximo! Graças a Deus, tudo correu super bem. Claro que não poderia faltar alguns escorregões: uma amiguinha esfolou um pouquinho o cotovelo na pista de skate e um cisco caiu no olho de outra amiga que  chorou um pouquinho (o que ajudou a tirar o cisco) mas depois ficou ótima de novo. Fora esses dois incidentes, só alegria!



Na chegada, por volta das 13 horas, levei as crianças direto para o play onde elas brincaram muito e descarregaram boa parte da energia antes de subir para minha casa. Quando finalmente subimos já passavam das 15 horas e quem quis tomou banho, mas todos lavaram as mãozinhas e alguns os pés - porque a sola estava preta!!! 







Na hora do lanchinho... eles foram muito, muito, muito educados. Cada um esperava a sua vez e pedia com doçura. Em seguida, todos foram brincar de casinha, pareciam anjos!

Houve um momento da história e eles ficaram concentradíssimos. Em seguida, recebemos a ilustre visita de Cristino Ricardo que veio especialmente para tocar para eles. Cada criança amou receber um instrumento - e trocá-los - para cantar. Alguns fizeram shows incríveis com o microfone, mas todos se soltaram e incentivaram os amigos: que bom que a fase do mico ainda não chegou!!! Tenho que aproveitar isso!

Quando os responsáveis começaram chegar, os primeiros a partir faziam carinha de choro e diziam: eu não quero ir embora! Mas mesmo assim, fofos que são, arrumavam as coisas e partiam... Alguns dos adultos resolveram subir e foi só nesse momento que as crianças se soltaram um pouco mais e a casa animada. Uma das mães se preocupou com os vizinhos, mas até agora ninguém reclamou.

Quando tudo acabou, eu e Luisa fomos dormir o sono das justas: estávamos mais felizes que nunca. Foi um dia inesquecível para ela e para mim também e eu espero que tenha sido o primeiro de muitos. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Aborto na visão feminina e médica

O corpo feminino apresenta os aparatos necessários para viabilizar a perpetuação da espécie humana. Se para algumas tribos isso tem um sentido que beira o sagrado, por essa mesma razão, ao longo da história da civilização a mulher foi subjugada. Como se não bastasse usar e abusar da violência para domar e transformar as fêmeas em mercadorias, o status letrado masculino passou a decidir inclusive o modo em que a mulher deveria dar a luz. Numa dada época em que só os homens faziam medicina, foi determinado que as mulheres deveriam ser levadas para parir em um lugar estranho, cheio de gente estranha, doente e fria. Novos instrumentos de tortura, como o fórceps, foi inventado para mostrar quem estava no comando, sobretudo se a mulher ousasse dificultar o trabalho desses nobres doutores.

O tempo passou e a sociedade se tornou mais justa (será?), mas o parto hospitalar prevaleceu como o único merecedor de confiança.  Embora algumas mulheres tenham conquistado novos espaços, na medicina inclusive, a lógica masculina ainda dita os protocolos ligados ao parto, como, por exemplo: banalizar a perda de um filho, principalmente quando ele acontece antes do terceiro mês de gestação. Por exemplo, a alta incidência de casos e a falta de sensibilidade dos profissionais de saúde mantém, na mesma ala de uma maternidade,  uma mulher que acabou de dar a luz ao seu filho e uma mulher que vive a dor de um abortamento. Esses profissionais ainda não aprenderam que quando o aborto acontece, mesmo no início da gestação, a dor é como de um parto às avessas: é para dentro que vão as sensações que essa mulher nutria desde a infância, quando, ao brincar de boneca, o potencial materno foi solidamente construído naquele incrível imaginário infantil. Se a descoberta de uma gravidez havia aflorarado esse potencial e recriado toda sorte de expectativas,  a ruptura do sonho trouxe a sensação de medo, vazio, insegurança, impotência...

Mas, por experiência própria, descobri que a mulher é capaz de transformar essas sensações desesperadoras em força. Caso seja dado a ela a chance de gerar ou adotar, a maternidade pode trazer uma nova dimensão sobre ter filhos: descobre-se que não é algo que não é tão fácil como parece. É possível que os filhos dessas mulheres, adotivos ou biológicos, ganhem de presente mães ainda mais sensíveis. Elas saberão valorizar cada sorriso e avanço no desenvolvimento e adorarão dar o que seus filhos mais precisam: amor e limite porque sabem que eles precisarão disso para que se tornem pessoas de bem.  Aqueles filhotes que não vieram ao mundo, são capazes de ensinar muito. É uma pena que o universo médico não aprenda!