quarta-feira, 20 de julho de 2011

Seleção e Gestão de Funcionários de Micro e Pequena Empresas

Hoje voltei à casa da Luz Consultoria em busca de dicas para a formação de uma equipe "Casca Grossa", como o título da palestra de Luciana Vicente sugeria. Estou gestando uma produtora cultural e gostaria de não errar na contratação da minha equipe. Mas o que eu ouvi, me fez pensar muito mais que na formação de uma equipe da minha empresa, mas nas relações que se estabelecem no ambiente de trabalho.

A palestrante começou traçando três cenários: o primeiro tem "o cara bom", que pode ser um funcionário ou o dono da empresa. Luciana acredita que quando uma empresa depositar tantas expectativas em um único sujeito, ele passa a representar uma bomba relógio. O segundo tipo é o cara que não é muito bom, mas não sai da equipe e o terceiro é aquele centralizador que pensa que se ele não fizer o que deve ser feito, vai dar tudo errado. Isso me fez pensar no meu perfil: como ele é e como costumo ser vista.

Luciana compartilhou também algumas falhas típicas na contratação de uma equipe:

* Falta de clareza sobre o que é necessário para realizar o trabalho;
* Baixo fluxo de candidatos a vaga;
* Confiar na capacidade de selecionar a partir de candidatos parecidos;
* Perder candidatos que querem fazer parte da equipe;
* Utilizar métodos de contratação no estilo coação.

Para ela, a empresa deve buscar ser atraente e ter cuidado com barreiras do tipo: publicar um anúncio com inúmeros requisitos - cada um deles representa uma barreira - quando o que a empresa necessita é de uma pessoa com disposição para aprender. Às vezes a gente também recheia o currículo mas não desenvolve essa habilidade de aprendiz.

Como estratégias de seleção, Luciana sugere a utilização de Redes Sociais. Ela também deu alguns exemplos de empresas que anunciam as vagas com personalidade. Clique na imagem e veja esse exemplo:

Genial essa ideia de criar um site, criativo como o que a empresa busca!

Luciana ressaltou que é importante estar de olho nas oportunidades. Quando bem atendido ou quando um profissional chamar a sua atenção, tenha um cartão em mãos ou pegue o contato. Assim, aos poucos você irá construir um banco de contatos que pode ser útil na seleção de pessoal. Aliás, esse banco deve estar sempre recebendo novos nomes, sobretudo se existe a perspectiva de um novo projeto. Deixar para procurar em cima do laço pode levar a precipitações e erros graves na contratação de um funcionário. Afinal, somos observados o tempo todo e desenvolver um bom trabalho pode abrir portas para novas oportunidades.

Para Luciana, os empresários deveriam esquecer os currículos, porque papel aceita tudo e na maioria das vezes não traz o que realmente importa como de que modo aquele avaliado enfrentou seus maiores desafios profissionais. Após encontrar alguém que se encaixe no perfil, o avaliador também deve ousar na escolha do local para a entrevista. Pode ser uma trilha, um café... mas é importante não se prender ao escritório e evitar perguntas óbvias. Se insistir nessas perguntas poderá selecionar alguém bem preparado para respondê-las, o que não necessariamente traduz o que você procura.

Nessa entrevista ou nos primeiros contatos com o candidato é importante mergulhá-lo na rotina da empresa. Mostre como é o trabalho e observe a reação demonstrada. Permita que ele faça e fique atento ao envolvimento e compromisso que ele demonstra pela empresa.

Nessa palestra, aprendi ainda, com Luciana e com o público presente que:

Ao contratar, apresente o novo membro à equipe e busque o envolvimento de todos no sucesso da nova contratação. Quando todos estão envolvidos, a responsabilidade é compartilhada.

Como clareza é importante, vale listar as funções e responsabilidades de cada setor da empresa. A equipe deve treinar sempre: nunca entre ou deixe entrar na zona de conforto. Uma equipe sincronizada deve buscar a rotatividade: quando um funcionário acompanha a rotina de outro setor, tende a ficar mais tolerante e aprende a importância de outros trabalhos, além daquele que desenvolve.

Não tenha medo da renovação, mas busque manter os melhores na equipe, ofereça melhores oportunidades. Estabeleça metas, de preferência que sejam cumpridas individualmente e em grupo. O plano de carreira não precisa ser apenas salarial, mas pode também gerar cultura. Benefícios como bolsas de estudo, vale-livro, vale-cinema e vale-jantar também estimulam a permanência do profissional.



Estabeleça uma relação respeitosa com a equipe. Avalie constantemente. Seja direto e fale sempre que o erro acontecer, para não virar bola de neve. Leve o processo à sério e evite usar bonequinhos como a foca, ameba ou dinossauro - acredite, existem empresas que usam esse tipo de coisa para "motivar" a equipe.  Não dê tanta ênfase aos defeitos, mas busque a janela de oportunidades que existem dentro da sua equipe.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Estratégias de credibilidade para o crescimento das pequenas empresas

Os consultores da Luz Consultoria inauguraram sua sede promovendo palestras gratuitas com temas interessantes para quem empreende ou pretende empreender. Ontem estive nessa aconchegante em Botafogo, para ouvir Leandro Borges falar sobre "Credibilidade para Pequenas Empresas".

Aprendi com Leandro que o cliente procura uma empresa em busca de alguma solução, serviço ou, em alguns casos a figura da pessoa que representa a instituição. Cuidar da imagem da empresa e dessa "personificação"é importante, assim como a escolha do local onde a empresa é sediada e a sua marca. Leandro deu alguns exemplos bem legais de design que valorizam o produto e também de alguns logos que fazem a diferença. A apresentação do espaço também é importante: quando o cliente visita uma empresa, espera encontrar um ambiente organizado e limpo. Por isso, pequenos cuidados como a escolha de hardwares e a limpeza do computador, podem causar uma boa impressão no cliente. A escolha da roupa também pode ajudar a conquistar novos contratos. Respeitando os códigos que determinam o figurino de cada tipo de negócio, a apresentação do vendedor passa uma idéia de prosperidade e colabora com essa credibilidade.

Leandro enfatizou a importância das pequenas empresas construírem sites com uma apresentação cuidadosa. Ele lembrou que o domínio de um site é muito barato, 30 reais, e que é possível comprar modelos que favorecem a boa apresentação por um preço razoável. Com um investimento de 200 reais é possível ter um site como o www.jornaldobem.com.br, criado por ele. Do mesmo modo, é inadmissível que um empresário não tenha um e-mail, de preferência um que seja criado com cuidado. Aliás, Leandro sugere a criação de vários e-mails, como:

atendimento@nomedaempresa.com.br
marketing@nomedaempresa.com.br
financeiro@nomedaempresa.com.br
comercial@nomedaempresa.com.br

Ele lembrou que os e-mails devem ser elaborados com cuidado, incluindo o logo e o nome da empresa e que os anexos devem seguir em PDF.

Utilizar a opinião dos clientes foi outra dica importante. Vale associar o nome da empresa à instituição de ensino dos sócios, coletar o depoimento dos clientes, estimular a circulação dessa opinião nas Redes Sociais.
Sempre que possível, a satisfação dos clientes deve estar representada em números e divulgada no site da empresa.


domingo, 17 de julho de 2011

Associação de Pais de atores e atrizes mirins

Você já viu "A Pequena Miss Sunshine"? Eu amo esse filme! Ele é uma crítica bem humorada aos pais que são capazes de fazer qualquer coisa para que seus filhos alcancem o estrelato. Atire a primeira pedra quem nunca sonhou com o filho  ou a filha virando super star...


Hoje uma amiga me contou que já assistiu coisas "sinistras" em processos seletivos de elenco formado por crianças. Fiquei preocupada porque a minha filha é cadastrada em uma agência de modelos e de vez em quando é chamada para testes. Via de regra, os pais não podem assistir os testes. Assim, entregamos nossos filhos à pessoas estranhas e caso aconteça algum dos episódios sinistros relatados por minha amiga, nunca saberemos.

Fico pensando nas razões que tornam os pais tão complacentes com esses vendedores de sonhos. Esse deslumbramento dos pais não é exclusividade dos brasileiros. Veja o que acontece na China:



 Eu relutei bastante até levar a minha filha até uma agência e quando cedi aos apelos dela, procurei uma empresa de renome, mas isso não impediu que eu assistisse situações desagradáveis.  No último teste em que minha filha participou, para uma propaganda da VIVO, as crianças esperaram horas, em um lugar absolutamente inadequado: um pequeno corredor, sem nenhuma atividade para elas, onde algumas ficavam sentadas em uma escada, que continuava sendo usada por adultos. Caso houvesse algum acidente, quem se responsabilizaria por aquelas crianças? A agência que chamou a criança para o teste ou a empresa que fazia a seleção? Aposto que, mais uma vez, o prejuízo ficaria na conta dos pais que não recebem nenhum tipo de ajuda financeira para levar as crianças ao teste.

Caso a criança passe no teste, os agentes ficam com uma boa fatia do cachê, percentual que pode chegar à 40%, que somado à remuneração paga pelas empresas de publicidade ou pelas emissoras de TV, fazem o negócio ser altamente rentável. Era de se esperar que as agências cuidassem para que os atores mirins realizassem os testes em condições dignas. Mas nem os que agenciam, nem os que selecionam demonstram ter grande preocupação com o universo infantil, por isso não providenciam brinquedos, livros, material de arte, lanche ou qualquer outro elemento que faça a criança se sentir considerada como pessoa. Ali ela é um mero produto.

As crianças, mesmo quando não são atores ou atrizes, costumam ser exploradas pela indústria publicitária. É o que mostra a primeira parte do documentário "Criança a alma do negócio" (veja também as cinco partes restantes que podem ser encontradas no YouTube):



Se, enquanto assistem passivamente uma propaganda ou um programa de TV, as crianças estão vulneráveis, imagina quando essas crianças trabalham ou pretendem atuar nesse mercado? Os pequenos astros ou aspirantes da fama dependem da proteção de seus pais e dos órgãos competentes, para prevenir inclusive os casos de abuso sexual. Os pais devem se organizar em associações e exigir o direito de assistir os testes e as filmagens, ainda que fiquem escondidos para que essa presença não interfira na atuação dos pequenos. Além disso, é preciso que pais e profissionais discutam protocolos de conduta, nas mais diferentes situações.

Uma das coisas que minha amiga relatou, e o que motivou esse texto, foi que em um teste de elenco, uma criança contracenava com um ator que faria o papel de seu avô. Esse ator foi deixado sozinho com a criança em determinado momento e  a câmera continuou filmando. Mais tarde, a equipe assistiu o ator "alisando" a criança. Segundo minha amiga, o ator foi dispensado. E só. A mãe não foi comunicada e o profissional não foi denunciado. Essa mãe, provavelmente levou uma criança diferente para casa. E provavelmente nunca saberá a razão das mudanças do comportamento da filha. Essa filha poderia ser a minha. Poderia ser a sua!

Cinema também é lugar para professor de Ciência

Você conhece o Teknê? Ele é formado por um grupo de professores de física que se uniram para pesquisar a História da Ciência,  após conhecerem o trabalho de Pierre Thuillier. Em 2006, quando eu cursava o mestrado em Biociências e Saúde na Fundação Oswaldo Cruz, entrevistei os integrantes desse grupo: Marcos Braga, Andréia Guerra e José Claudio Reis. Nessa conversa eu estava muito interessada em saber como eles usavam a sétima arte para ensinar ciências. Para eles, narrativas como "O Nome da Rosa", "Moça com brinco de pérolas", "Ponto de Mutação" e "Destino" podem apresentar um ambiente histórico que estimula a reflexão sobre o nascimento da ciência moderna.

Eles ressaltaram que tomam cuidado para que o filme não seja visto como mera ilustração de um tópico visto em física. Por exemplo, quando exibem "Moça com brinco de pérola", não exploram apenas as cenas que falam de ótica - como aquelas em que o personagem faz uso da câmera escura:


"A gente até faz referência, mas está muito mais preocupado em discutir o ambiente da Holanda naquele momento, o que a Holanda representou para a ciência, como é que a ciência se faz naquela época, em que medida que essas coisas se articulam com a arte...". (José Claudio Reis)

Sempre que possível, esses professores levam os alunos ao cinema. Mas ao escolher um filme de longa metragem para ser usado em sala de aula, eles preferem fazer interrupções ao longo do filme. Esses cortes são previamente planejados para que os alunos não percam questões que devem ser discutidas. Eles consideram esses intervalos importantes para manter a atenção dos alunos e para respeitar a organização da escola, que em geral mantém tempos de 50 minutos, quando o filme pode ter mais de duas horas. Se contam com a parceria de outros professores e/ou estão em uma escola onde os professores de ciências também podem usar a sala de cinema como ambiente de aprendizagem, buscam promover essas sessões no cinema, não apenas para os alunos das escolas onde lecionam, mas para os professores, dos cursos de "História da Ciência" e nas mostras que promovem.

Foi após essa conversa com o grupo Teknê que eu e minha orientadora Luisa Massarani decidimos usar o "júri simulado" com os jovens que colaboraram na nossa pesquisa, porque eles me contaram que também fizeram essa dinâmica para discutir se na idade média houve ou não atraso da ciência. Percebemos que essa seria uma forma interativa de fazer com que a discussão levantada no filme não se esgotasse nele, mas fosse aprofundada pela turma.

                 *Essa entrevista pode ser lida na íntegra clicando aqui e procurando pelas páginas 161 à 167. Nessa dissertação foi incluída uma coletânea de filmes que apresentam temas ligados à ciência, mas ela não está incluída nesse link. Quem se interessar, peça por e-mail ou pela sessão comentário.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Profissão Coragem

Vocês se lembram da Amanda Gurge, aquela professora do Rio Grande do Norte que ficou famosa? Ela acaba de cometer mais um ato de bravura, vejam:


Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.



A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

domingo, 10 de julho de 2011

Microconto Guerra de Mendigos

Com a mão no buraco, ela buscava pedras. Nos olhos o desejo incontrolável de quebrar todos os sonhos que não pertenciam ao seu mundo.






Microdrama da Enchente

Ela foi até o fogão e chorou. A chuva não dava trégua e, uma por uma, as crianças morriam de fome.


domingo, 3 de julho de 2011

Características gerais dos cordados

Nós, os cordados somos considerados os animais mais evoluídos. Mas o que é preciso ter para ser um cordado? Para receber esse nobre título, em alguma fase do desenvolvimento, o animal precisa ter: fendas branquiais, notocorda e tubo neural.

A notocorda é uma estrutura proteica, flexível, presente no dorso dos animais e serve para a sustentação. Em alguns animais, essa estrutura se mantém até a fase adulta e algumas vezes é substituída pela coluna vertebral. Nesses casos, os cordados são chamados de vertebrados.

O tubo neural também é localizado no dorso, mas é formado por células nervosas e irá originar o sistema nervoso. Esse vídeo, em espanhol, apresenta os componentes do sistema nervoso, inclusive os neurônios:



Já as fendas branquiais, são aberturas que se desenvolvem na faringe, pelo menos na fase embrionária, que podem dar origem aos pulmões ou às brânquias e garante o suprimento do oxigênio.

Vamos observar essas três estruturas, em um cordado primitivo, a ascidia, que durante a fase larvária consegue se deslocar nadando, mas na fase adulta se mantém fixa.


Note que o desenho acima aponta na larva as três estruturas comuns aos cordados: notocorda, feixe nervoso e fendas branquiais. Observe também que no adulto o ânus foi apontado: em todos os cordados essse é o primeiro orifício a ser formado no sistema digestório. Quando o ânus se forma primeiro que a boca, os animais recebem o nome de deuterostômios, mas quando a boca se forma primeiro, os animais são denominados protostômios. Veja o esquema abaixo para compreender melhor essa classificação:


Então, essa é outra característica importante: todos os cordados são deuterostômios. Além disso, os cordados são triblásticos, celomados e possuem embriões com cauda alongada. Triblásticos são todos aqueles que no início do período embrionário formam a ectoderme, a mesoderme e a endoderme que ao longo do crescimento embrionário darão origem aos mais diferentes tecidos do corpo.


Celomados, são os animais que possuem celoma. Abaixo uma imagem para que você diferencie esse grupo dos pseudos-celomados e dos acelomados.

O sistema de transporte sangüíneo é fechado. Isso significa que o sangue que sai ou entra no coração vental percorre um conjunto de vasos: artérias, veias e capilares. Como a grande maioria dos animais, os cordados possuem simetria bilateral.

O filo Chordata é dividido em três sub-filos: urochordata, chepalochordata e vertebrata. Que tal estudar cada um deles para apreender suas particularidades? Mas antes disso, vamos revisar as características gerais? É pra soltar a voz!!!






sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pedalando por uma vida melhor

Hoje aprendi com meus amigos Thiago Vedova e Julio Stephano que Copenhagen é um exemplo de como as pessoas podem promover a qualidade de vida na cidade. Lá, 55% dos moradores vão trabalhar de bike, veja:




Os depoimentos me mostraram que foram os cidadãos que pressionaram o governo por melhores condições de tráfego para os veículos de duas rodas. Com isso, a área de circulação dos carros foi dando espaço à ciclovia. No início, o trânsito ficou congestionado o que levou muitos motoristas a trocarem seus carros por uma bicicleta. Hoje, se a metade ou um terço dos ciclistas voltassem para os carros, o trânsito desses veículos seria inviável. Assim, ficou estabelecido uma nova cara para o trânsito e instaurada uma nova condição de vida com a atmosfera menos poluída e a prática coletiva de uma atividade física. Com essa decisão do povo dinamarquês, o governo economiza com a promoção da saúde e com a diminuição de investimento em obras de infra-estrutura e ganha com o crescimento do turismo. Isso, se o governo não for corrupto, refletirá em melhores condições para o povo que ganha tempo no deslocamento.

Para que moradores de grandes centros também contem com esses benefícios, é necessário que o poder público integre as bicicletas aos meios de transportes públicos e garanta conforto e segurança aos ciclistas. Ainda que nas grandes cidades seja inviável pedalar grandes trechos, se for possível e incentivado que o cidadão pedale pequenas distâncias, isso aliviaria os congestionamentos e promoveria um condicionamento físico, além da prevenção de inúmeras doenças. Aqui ou lá, quanto mais motoristas ciclistas, menor o risco no trânsito, menor o antagonismo entre esses dois sujeitos.

Para terminar, uma dica de uma animação francesa deliciosa: