terça-feira, 17 de maio de 2011

A lição de Amanda Gurgel

Uma professora fala com propriedade sobre a educação  brasileira.



Com apenas três algarismos e a propriedade de quem está em sala de aula, ela desmascara a nobreza daqueles que pensam que governar é discurso e não ações. Essa gente bem vestida, bem alimentada, que não se cansa de mamar nas tetas públicas e falar da educação como se eles tivessem um dia sido bem educados, merecia ouvir cada palavra!

Um comentário:

Anônimo disse...

A Educação em nosso país, como está?
A maioria da população brasileira é capaz de produzir uma resposta para esta pergunta, ou melhor, a resposta talvez seja óbvia, a situação é caótica. Entretanto, poucos são os capazes de responder o porque deste caos.

Por muitas décadas procuramos culpados, para que assim, sejamos capazes de começar mais um ano de trabalho sem culpa ou pesar. Entretanto, o problema educacional em nosso país, não é reflexo de uma economia desconectada com as necessidades populacionais, e sim um problema cultural. A sociedade brasileira, em seu cerne, não observa a educação como algo essencial, prioritário, isto se reflete na política, quando escolhemos os nossos representantes, quando aceitamos uma política ou ação social que nos remete aos tempos de "pão e circo", e nos mostramos satisfeitos.

O ato de ensinar, apresentar e transpor o conhecimento por, nós professores, consolidado esta sendo confundido, e atualmente fundido com a função de educar, função esta que seria da família, algumas décadas atrás. Porém, nada foi agregado ao plano de carreira dos professores.

Pensam que, profissionais mais capacitados, com graduação, pós graduação lato-sensu, serão capazes de mudar o cenário educacional brasileiro.

Acredito que não, pois quanto mais aprofundamos nossos conhecimentos, seja em áreas de ensino específica ou em um contexto geral, descobrimos que o nosso país não está nem aí para os nossos futuros cidadãos, pois se estivesse não apresentaria, a nós profissionais e principalmente aos alunos este cenário de filme de terror, com péssima fotografia, e uma absurda incapacidade de dirigir um roteiro.

Ah! me esqueci, por mais que o professor monte um roteiro "um plano de aula", é pouco provável que ele, atuando na rede pública de ensino brasileira, consiga chegar ao fim do mesmo no tempo por ele previsto.
Isto ocorre, não porque o professor calcula mal o tempo de aula, e sim, porque a estrutura a ele oferecida para apresentar, executar, gravar , dirigir o seu roteiro não suporta e não favorece, nem os diretores "os professores" e nem os figurinistas "os alunos".