terça-feira, 29 de março de 2011

Óculos Mágicos

Tenho um carinho especial pelos alfabetizadores porque eles conduzem à uma exploração sem precedentes e lançam mão de diferentes estratégias que instigam e provocam o desejo de aprender. Penso que desenvolvido de fato, é o país que reconhece esses educadores como profissionais de altíssimo nível e lhes conferem honras sociais e salário invejável.

Tenho acompanhado de perto a alfabetização da minha filha e percebido que esse processo é muito mais que a aquisição do letramento ou da habilidade matemática. Como óculos mágicos, a leitura tem apresentado à minha filha, um novo modo de ver o mundo. Ela tem sorte de conviver com excelentes alfabetizadores na Escola Parque: pessoas sensíveis que reconhecem a bagagem cultural que as crianças carregam. O trabalho dessa equipe tem excelentes resultados porque investe na valorização. Com a estima lá em cima, a minha Luisa se sente a vontade para embarcar na leitura. Livros fascinantes tem sido o bilhete dessa viagem: quase toda semana, minha pequena chega com um livro mais encantador que outro. Como ela tem ficado voraz, e para não gastar horrores, conto com a preciosa equipe da biblioteca da escola que me apresenta pérolas como essa:



Quem alfabetiza tem que ter interesse: pelo mundo do outro e pelo modo de aprender que também é único. Para dar conta de tantos modos de aprender, os professores da turma da Luisa criam e/ou investigam textos, hipertextos, músicas, artes, trabalhos de campo... na busca de diferentes situações de aprendizagem.

Nessa escola, as crianças são desafiadas e atuam também como autores: nem de longe são meros espectadores do mundo dos letrados. A escola promove e divulga as produções dos estudantes: isso é importante porque estimula a criatividade e amplifica o trabalho que o educador tem realizado em sala de aula. Nos eventos do tipo "escola de portas abertas" os estudantes e os educadores dividem o protagonismo, com respeito e admiração.

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