quinta-feira, 28 de maio de 2009

+ Uma Super dica da Lais:

O SEBINHO NAS CANELAS, o mais divertido troca-troca de livros da cidade, aproveita a proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e, no próximo dia 30 de maio, sábado, no horário habitual, entre 10h e 13h, convoca a turma pequena a comparecer à Praça Pio XI e a pensar verde. Participarão desta edição os grupos Meleka de Jacaré, Panos pra Manga e a equipe do Eco Campus do Joá.
Como acontece há cinco anos, dinheiro não entra na brincadeira de trocar com o amigo(a) livros que não lhe interessam mais. É uma maneira divertida de se reciclar livros, estimular a paixão pela leitura (não o hábito) e, propiciar um programa legal para as crianças no final de semana. É importante que os livros estejam em bom estado e sem rasuras e que os pais deixem seus filhos fazerem a troca por conta própria. Os livros que não forem trocados serão encaminhados a bibliotecas comunitárias.
O Panos pra Manga faz sua estreia no Sebinho, mostrando um pouco do trabalho de desenvolvimento motor e cognitivo dos pequenos entre seis meses e três anos. No evento, eles vão usar material de papelaria, instrumentos musicais e bolhas de sabão para montar a recreação.
Já o Meleka de Jacaré, sob o comando de Úrsula Branco, vai apostar em circo e teatro para apresentar uma história sobre o pau-brasil. Enquanto a brincadeira rola de um lado, acontece, do outro, uma exposição de artesanato indígena da tribo dos Funiôs (SOCORRO). Entre uma brincadeira e outra, a trupe aproveitará para mostrar às crianças a importância dos 3Rs - reduzir, reciclar e reaproveitar.
Durante o evento, a equipe do Eco Campus do Joá – um espaço de 50 mil m2 de Mata Atlântica preservada em São Conrado – marca presença explicando a importância dos cuidados com o meio ambiente e distribuindo mudas.
SEBINHO NAS CANELASDIA 30 DE MAIO – SÁBADODAS 10H ÀS 13HTroca-troca de livros promovido pelo site Amigas da Pracinha com a presença dos grupos Meleka de Jacaré, Panos pra Manga e Eco Campus do JoáLocal: Praça Pio XI – Jardim Botânico – entrada pela Rua Conde Afonso Celso, em frente ao Hospital da LagoaEm caso de chuva, o evento será agendado para uma nova data

terça-feira, 26 de maio de 2009

O núcleo celular



No vídeo acima você verá que o núcleo celular ocupa uma parte do citoplasma da célula eucariótica e é formado por uma dupla membrana porosa que regula o fluxo de materiais entre o núcleo o citoplasma. Veja que na parte interna na membrana existe uma lâmina fibrosa formada por filamentos proteicos e mergulhado no nucleoplasma estão a cromatina e o nucléolo. Na parte externa da membrana existem ribossomos aderidos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mitocondrias

A mitocôndria é uma das organelas mais curiosas do citoplasma e é encontrada em quase todas las células eucarióticas. Observadas ao microscópio, as mitocôndrias apresentam uma estrutura característica: forma alongada ou oval de vários microns de longitude e envolta por duas membranas, uma externa e outra interna, cheia de pregas.

As
mitocôndrias são os orgânulos produtores de energia

A célula precisa de energia para crescer e multiplicar-se, e as mitocôndrias produzem quase toda esta energia realizando as últimas etapas da descomposição das moléculas dos alimentos. Estas etapas finais consistem no consumo de oxigenio e a produção de dióxido de carbono, processo chamado
respiração, por sua similitude com a respiração pulmonar. Sem as mitocôndrias, os animales e fungos não seriam capazes de utilizar oxigênio para extrair toda la energia dos alimentos e manter seu crescimento e a capacidade de reproduzir-se. Os organismos clamados anaeróbios vivem em medios sem oxigênio, e todos eles não apresentam mitocôndrias.

A mitocôndria é a usina celular. Trata-se de organelas autorreplicantes, encontradas no citoplasma da célula eucariota rodeadas por duas membranas. Elas completam el processo de consumo da glicosa gerando (por quimiosmosis) a maior parte del ATP que necessita a célula para suas funções.
Nessa diminuta estrutura celular de dupla membrana ocorre os nutrientes são convertidos em composto rico em energia trifosfato de adenosina (ATP), que atua como combustivel celular. Por esta função se diz que as mitocôndrias são o motor da célula.
São encontradas nas células eucarióticas (células com o núcleo delimitado por membrana). O número de mitocôndrias de una célula depende da função desta. Células com maior demandas de energia, como as musculares, possuem um número maior de mitocôndrias que outras. Por sua aparência com as bacterias aeróbicas (que necessitam de oxigenio), os cientistas defendem que as mitocôndrias evoluiram a partir de uma relação simbiótica o de cooperación entre uma bactéria aeróbica e uma célula eucarióticas ancestral.


A membrana mitocondrial interna emite pregas para o interior para formar as chamadas cristas mitocondriais. Nessas regiões se encontram pequenos salientes pontos denominados partículas elementales. Entre as duas membranas mitocondriais há um espacio chamado câmara externa. Na cámara interna es un espacio limitado por la membrana por la membrana mitocondrial interna, encontramos um material denominado matriz mitocondrial. No interior das mitocondrias, localizadas estão as enzimas que promovem o ciclo de Krebs, e outras que participam das cadeias de transporte de elétrons e da fosforilação oxidativa. Mas esse é um assunto para outro momento....



Por hora, assistam os vídeos abaixo para saborear o assunto:



domingo, 24 de maio de 2009

O pulo do gato para passar bem em Biologia


Estudar para o vestibular exige dedicação, suor e uma boa xícara de café ou outro estimulante. Costumo recomendar aos meus alunos que façam um plano de estudo, de acordo com o conteúdo das provas das universidades de excelência: afinal, é nelas que quero vê-los brilhando.

Passar no vestibular não é o sonho de todos e defendo que existem outros meios de o sujeito se realizar de maneira plena. Porém reconheço que a Universidade possibilita o aprofundamento do saber, favorece melhores condições salariais e convida à novos relacionamentos pessoais que valem o esforço.

Com um bom livro volume único em mãos, todos são capazes de dividir o conteúdo em um calendário, de acordo com o tempo disponível. Se o aluno começa a pensar na Universidade assim que entra no ensino médio, terá considerável vantagem sob os que deixam para se preparar na véspera da prova. Alguns temas são extensos e vão exigir várias semanas de estudo, enquanto outros podem ser vistos em uma tarde.

Para decifrar o código das provas de biologia, vale diversificar as estratégias de estudo: comece pelo texto do livro, se tiver sorte poderá encontrar um bom filme no YouTube e depois partir para os exercícios. Se ainda assim tiver dificuldades, sugiro estudar as respostas dos exercícios para apreender o modo de elaborar respostas com clareza e objetividade. No site professor.bio encontra questões divididas por assunto ou por instituições de ensino. Outra dica é gravar conteúdos mais difíceis para ouvir no seu aparelho de mp3. Fazer um esqueminha e colocar no caderninho de bolso para decorar enquanto estiver no ônibus ou na fila de banco também vale.

Cada um tem o seu modo de memorizar e deve recorrer às estratégias que ajudam nessa preparação.O importante é reconhecer que a Biologia não é fácil, mas é encantadora.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Citologia Animada

Veja abaixo uma animação interessante sobre o funcionamento da célula. Está em espanhol mas é muito útil para que você revise as formas e funções das estruturas celulares. Se assistir, com atenção e interesse, essas informações serão valiosas na hora da prova.



Agora veja o comportamento da osmose em plantas: o que acontece quando oferecemos à uma planta uma solução hipertônica?



Alface & Osmose:




O transporte através da membrana pode consumir energia. Veja esses exemplos:

Essa é outra animação que me parece bastante esclarecedora para mostrar o transporte ativo. Lembrando que nessa modalidade de transporte através da membrana, há gasto de energia. Observem como as proteínas auxiliam a entrada de substâncias menores e de proteínas no interir das células:



Nessa outra animação, narrada em inglês, você poderá ver a difusão facilitada que, assim como a difusão simples, ocorre a favor do gradiente de concentração: os solutos saem do ambiente mais concentrado e migram para o menos concentrado. Mas há uma diferença que a animação mostra bem: a entrada dos solutos dependem de uma ajuda de proteínas que facilitam sua entrada, daí o nome "difusão facilitada".



A próxima animação foi selecionada para que você veja os processos de endocitose e exocitose.



Gostou?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Todas as edições de VEJA poderão ser consultadas na íntegra na web

A revista VEJA abre todo o seu acervo de 40 anos de existência na internet.
Todas as edições poderão ser consultadas na íntegra em formato digital no endereço
http://veja.abril.com.br/acervodigital/
A revista liberou o acervo em comemoração ao seu aniversário de 40 anos. A primeira edição de VEJA foi publicada em 11 de setembro de 1968.
O sistema de navegação é similar ao da revista em papel: o usuário vai folheando as páginas digitais com os cliques do mouse.
O acervo apresenta as edições em ordem cronológica, além de contar com um sistema de buscas, que permite cruzar informações e realizar filtros por período e editorias.
Também é possível acessar um conjunto de pesquisas previamente elaborado pela redação do site da revista, com temas da atualidade e fatos históricos.
Com investimento de R$ 3 milhões, o projeto é resultado de uma parceria entre a Editora Abril e a Digital Pages e levou 12 meses para ficar pronto. Mais de 2 mil edições impressas foram digitalizadas por uma equipe de 30 pessoas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Expo-Eco


Fotos: Raffaella Quental

No último sábado tivemos a satisfação de visitar a exposição ECO na Escola Parque Gávea. Foi um barato ver as pinturas que a Luisa fez em papel Panamá, com fundos coloridos de pigmentos naturais e os bichos do jardim magnificamente - sei... vcs vão achar q sou coruja - desenhados com carvão.

A escola estava linda com os trabalhos expostos. Ficamos babando no painel que revelava as primeiras palavras dos pequenos escritores com idade média de 3 anos. Depois descobrimos um enorme formigueiro, construídos pelas crianças com a ajuda das incansáveis professoras. As formigas e o simpático tamanduá, feitos de esculturas de papel, estavam dentro de uma cabana marrom que virou o lugar preferido dos miúdos. Os paineis onde as crianças podiam escrever enquanto a exposição rolava, também fizeram sucesso.

As crianças passeavam pela exposição ávidas para mostrar aos pais as descobertas que fizeram ao lado de seus colegas e professores. O primeiro movimento dos pais é procurar os trabalhos de nossos filhos, até que percebemos que todas as produções eram interessantes e fomos explorar os espaços de outras turmas. A Luisa ficou ainda mais interessada quando entramos na sala que expunha os trabalhos de astronomias. Ela observava extasiada as cores das lunetas e dos planetas, chamando o big bang de sol, ouvindo com atenção as crianças que falavam o nome dos planetas, tentando alcançar as produções pendentes por fios de nylon....

Finalmente chegamos no espaço preferido da Luisa, onde os livros aguardavam por ela. Pronto, pensei, agora ela não vai querer sair daqui tão cedo! Com jeitinho, ela me levou para a almofada e pediu para que eu sentasse, colou no meu colo com um livro na mão e só se levantava para buscar outros - era cada livro mais fascinante que o outro como o "Bichos do Jardim" de Ana Michaelis e Roseli Tuan e o "O que é que tem o meu cabelo" de Satoshi Kitamura. Ah, se todas as crianças do mundo tivessem acesso àqueles tesouros!

domingo, 17 de maio de 2009

Rodrigueanos

"O verdadeiro teatro agride sempre."

Nelson Rodrigues



No último encontro do projeto "Nelson em cena", proposto pelo professor André Mattos e prontamente aceito por nossa animada turma do Tablado, discutimos a influência da tragédia grega na obra do jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues. Aprendemos com André que tragédia não é sinônimo de catástrofe e que os gregos montavam a narrativa trágica através do binômio Destino e Justiça. O destino representava a vontade dos deuses, enquanto a justiça tratava da vontade humana. No deslize a felicidade do personagem era abalada. O sentimento se apoderava do homem grego e através da fala poética, a decadência do herói era narrada.

Com esses pilares,Nelson Rodrigues reinventou a tragédia carioca. Mas dessa vez, os deuses que comandam o Destino são o desejo e a paixão. Trata-se de uma viagem para o interior do homem, encenando as consequências da obediência ao impulso. Essa representação é uma crítica à própria representação, ou à reconstrução da realidade, que não se faz com ingenuidade, mas muita astúcia. Um exemplo é "Beijo no Asfalto", onde um repórter se apropria de um único instante - um beijo dado por um homem em outro homem que estava morrendo - e recria a história, de acordo com seus interesses, manipulando a opinião pública e destruindo relações e pessoas. Como esse repórter, o relato dos personagens de Nelson atribui valores, e revelam um novo universo - perverso por natureza.

Assim, a Justiça de Nelson é a verdade entre aspas, escondidas ou reveladas pelas muitas beatas, tias solteiras ou qualquer outra personificação da moral. As versões dos fatos confundem ao mesmo tempo em que seduzem pela identificação do público com a miséria humana. Por isso o público reage amando ou odiando Nelson, mas nunca indiferente.

À mesa com nosso dedicado professor, tendo a paradoxal Copacabana como pano de fundo, imaginamos Nelson em seu voyerismo pelas ruas cariocas, inventando novos anti-mitos expondo e espalhando seus tifos e malárias. Amados ou odiados, nosso grupo promete agredir.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A formiga e a cigarra: ontem, hoje e sempre

Contar histórias para crianças não é tarefa fácil. Elas são curiosas e sempre estão dispostas a saber mais, por isso, uma pesquisa aumenta as chances do sucesso na introdução de uma nova história. Eu estava pesquisando sobre a fábula de La Fontaine e me encantei com esse:

A Cigarra e a Formiga
(Adaptado da obra de La Fontaine)

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Um pouquinho sobre o autor:

O poeta francês Jean de La Fontaine (1621-95) é mais conhecido por suas 243 Fábulas, que as escreveu em um período de 26 anos, entre 1668 e 1694. Inspirado pelas Fábulas de Esopo, as fábulas de La Fontaine envolviam um elenco corriqueiro de coelhos, gafanhotos, formigas, raposas e outros animais. Escritas em verso, as Fábulas são lidas há várias e sucessivas gerações de crianças francesas sendo, também, muito apreciadas pelos leitores adultos em virtude de seus comentários satíricos sobre a natureza humana. Esta cópia de uma edição infantil, do final do século XIX, pertenceu ao juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos Oliver Wendell Holmes Contém versões ilustradas de 26 das Fábulas, incluindo a mundialmente famosa "A Tartaruga e a Lebre" e "A Raposa e as Uvas". Louis-Maurice Boutet de Monvel (1851-1903) foi um pintor francês e ilustrador de livros infantis. Entre suas obras mais conhecidas está uma série de pinturas sobre a vida de Joana d'Arc, atualmente nas coleções da Galeria Corcoran em Washington, DC.

Nessa pesquisa, me deparei com uma versão do Walt Disney altamente inspiradora:



Como os tempos estão mudados, nessa outra versão "Fábulas Modernas", quem se dá bem é a cigarra:



Mas prefiro mesmo a versão antiga, principalmente se bem contada por uma contadora de histórias:



... ou por uma pequena ouvinte que um belo dia sai contando a história que ouviu

O sabor da voz

O Tablado oferece para seus alunos uma oportunidade única: fazer aulas de coral com a atriz e cantora lírica Sônia Dumont. Como essa aula acontece no mesmo dia em que eu mergulho nas viagens do meu maravilhoso professor de teatro André Mattos, aproveito a oportunidade e fico até mais tarde para pertencer a mais um grupo especial. Na última aula, entre uma câimbra e outra - eu estava exausta - fiquei olhando para aquela pequena mulher e pensando no privilégio que é ter uma excelente educadora. Ela não se satisfaz em tocar para que a turma cante: isso qualquer um faria. Antes das canções, nos concede a oportunidade de identificar o espaço da voz e aprender as técnicas de Alexander para que usemos corretamente o nosso potencial vocálico. Sônia é muito dedicada: envia por e-mail, para a turma, as letras e as músicas em mp3 para que possamos estudar ao longo da semana e no primeiro momento da aula, ela cuida individualmente dos alunos para que todos percebam no corpo, a vibração da voz e possam saboreá-la com intensidade. Valeu Tablado! Obrigada Sônia!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dividir a conta?

Certo dia, observei em silêncio um grupo de amigos discutindo o pagamento de uma conta no bar. Da minha mesa, como quem assiste a um filme, percebi que apenas um dos casais de namorados não dividiu a conta. Eles pareciam deslocados, principalmente quando ouviram alguém dizendo em altos brados, como quem pede platéia: vocês mulheres, não exigem direitos iguais?

Não pude deixar de reparar que o homem que disse isso estava mal vestido e com a barba por fazer, enquanto sua acompanhante tinha as unhas e os cabelos impecáveis e estava muito bem vestida. Fiquei pensando: que direitos iguais são esses? Será que eles dividiram o salão de beleza e os custos da roupa dela?

Felizmente não vivi experiências constrangedoras como essa enquanto eu namorava. Lembro-me apenas de uma ocasião, quando no restaurante um moço que me convidou para sair me pediu uma "intera". Soou estranho para mim que estava bem acostumada com homens que me levavam a lugares especiais e pagavam a conta como se declarassem: você vale à pena. O moço da intera me perdeu, não por ser pobre, mas por não ser adepto ao trabalho: o que para mim é um defeito grave.

Não se trata de romantismo, embora esse elemento continue fundamental no namoro contemporâneo, mas de pensar que um encontro não começa quando a mulher entra no bar ou em outro espaço de encontro. Mulheres que se apresentam belas, costumam investir alto nos preparativos. Se você é homem, visite alguns salões e repare nos valores expostos e verá como a beleza custa caro. Felizmente, alguns homens passaram a frequentar salões e também ficam belos para a namorada - é possível que esses não peçam a "intera".

É claro que existem mulheres que ganham mais que os homens, mas quando se fala em gênero, o mercado de trabalho é ainda desigual. Ganhar bem menos que meu marido já me incomodou mais, até que encontramos uma estratégia interessante para burlar as diferenças salariais: 70% do que ganhamos é um dinheiro comum, que chamamos da casa. O restante é nosso dinheiro. Sabe de onde sai a grana do salão de beleza - que chamamos carinhosamente "vale-salão"? Do dinheiro da casa. Afinal, a minha apresentação é algo para toda a família desfrutar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Você sabe a razão do nome "Gripe suina"?



Se você assistiu a reportagem, compreendeu as razões, mas atenção: se quiser mostrar que sabe, é melhor referir-se à essa doença como "gripe A (H1N1).

Essa nova nomenclatura, dada pela Organização Mundial da Saúde, atendeu à pressão da indústria da carne e de governos dos países envolvidos na epidemia.


"Trocamos a denominação de gripe suína pela de gripe A (H1N1) porque o vírus é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal", explicou Dick Thomson, porta-voz da instituição.

"Recebemos muitas consultas de associações de animais e produtores questionando o nome, e finalmente decidimos trocá-lo", completou.

Como você viu na reportagem, o vírus da doença é semelhante à vírus encontrados em gripe suína. O H1N1 se derivou desse vírus por mutação, mas só foi encontrado em humanos. Nenhum porco pegou a doença até o momento. Embora a OMS afirme repetidas vezes que a doença não pode ser contraída ao se comer carne de porco assada, a confusão com o nome desencadeou o veto na importação de carne de porco do México e dos Estados Unidos, onde a epidemia apareceu. O governo do Egito ordenou o abate de porcos por temores da gripe e isso soou como uma atitude precipitada por desinformação, mas lidar com porcos aumenta as chances de contágio, embora comer carne não traga riscos.


A doença, surgida no México tem sintomas semelhantes à da gripe comum: febre, letargia, falta de apetite e tosse, mas assusta pelo crescente número de casos confirmados pelo mundo e ameaça se transformar em pandemia (epidemia de alcance mundial). A constatação de que uma pessoa pode transmitir o vírus para outra, aumentou a preocupação com a doença. No Brasil, viroses de maior alcance como a dengue não recebem a mesma cobertura na mídia. Essa é uma boa questão para você tentar explicar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mosaico fluido

Muitas são as formas de ensinar sobre a membrana plasmática. Mas essa animação é uma excelente vitrine para que os alunos compreendam um pouco mais sobre o envoltório celular. Imperdível!

Anime-se

Achei que essa apresentação poderia interessar aos amantes da animação:



Se você também é fã, busque na memória os momentos de alegria que você viveu assistindo as animações do passado e do presente. Depois me conta!

MPBbaby

Encontramos uma pérola no Orkut: MPBbaby. Trata-se de uma animação super simpática que narra cantigas tradicionais como “Sapo Cururu”, “Samba Lelê”e “Peixe Vivo", deliciosamente dedilhadas ao violão. Já encontrei à venda o cd na livraria Malasartes no shopping da Gávea, mas nunca encontrei o DVD. Se eu tivesse encontrado, certamente teria presenteado à outras crianças para que elas tivessem a chance de curtir e cantar junto, como a Luisa faz. Seguem três exemplos para vocês se deleitarem:






domingo, 10 de maio de 2009

Os filhos são nossas heranças

Dia das mães é um dia para sermos mimadas porque geramos alguém, mas também deveria existir o dia do filho para termos a chance de agradecer e homenagear aquele ou aquela que nos desperta uma sensação gostosa de competência. Faço parte daquele grupo de mães que olha para a cria e se sente agraciado. Não há presente maior que esse: abraçar um pequeno corpinho que diz: Mamãe... eu quero mamar ou simplesmente: eu quero você.



sexta-feira, 8 de maio de 2009

Você quer aprender mais sobre as células?



Se você precisa estudar citologia, mas não anotou as preciosas informações dadas em sala ou fez isso, mas quer aprofundar seus estudos, poderá clicar aqui e revisar toda a matéria.

Nessa apresentação, gentilmente compartilhada por um profissional anônimo, você conhecerá um pouco da história da citologia, verá os tipos de microscópios mais usados, aprenderá sobre as funções das estruturas celulares, descobrirá as diferenças entre as células eucariotas e procariotas e identificará as principais características que diferenciam as células animais e vegetais.

É claro que se você prestou atenção na aula, cada slide fará sentido, mas se nem isso conseguiu fazer, é melhor se debruçar sobre um bom livro. Assim, essa apresentação passará a ser significativa e na hora da prova você não ficará com aquela cara de "socorro, me ajudem!". Se precisar de uma força, estou aqui. Bons estudos!

domingo, 3 de maio de 2009

AmamentAÇÃO

No dia 29 de novembro de 2005, quando minha filha tinha pouco mais de um mês de vida tentei escrever o que eu sentia ao amamentá-la. Recentemente encontrei o caderno onde esse relato estava e desejei partilhá-lo com vocês:

Sensação de chuva fina caindo pelo corpo, enquanto as gotas brancas começam a pingar lentamente.
Você, Luisa, percebe e chora para avisar que já está na hora.
Te busco com carinho e beijo docemente a sua barriguinha.
Você sente o meu cheiro e já se acalma.
Pluga no meu peito vorazmente como se o mundo fosse acabar.
E acaba mesmo, porque naquele momento só você me interessa.
Componho canções só para você.
Seu cabelo fino e farto, sempre espetado, desliza nos meus dedos.
Sua orelhinha peluda é a coisa mais linda de se ver.
Os olhos cor de chumbo me encantam.
O nariz achatado é um charme.
Seu corpo coladinho na minha barriga que insiste em permanecer grande como quando te guardava.
Sua boquinha não para. Enquanto isso sua mão desliza no meu peito ou faz malabarismos no ar.
Suas perninhas roliças cruzam-se para avisar que não há pressa.
Enquanto suga, você se expressa com o olhar e com sons.
É tão bom que você não quer que acabe!
Por isso permanece horas e horas e horas....
Até que as minhas forças desaparecem e os mamilos ardem.
Dói, mas é muito bom!

sábado, 2 de maio de 2009

É um lembrete para ser "lembrado"...

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,

a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Estágios que arejam a mente

Costumo incentivar os meus alunos a cavar oportunidades de estágio, de preferência, assim que entrarem para a faculdade. Eu comecei um pouco antes porque fiz um curso técnico no ensino médio e uma das obrigações do curso era cumprir horas de estágio. Ao buscar um lugar para as primeiras experiências profissionais, fui selecionada para fazer parte do grupo de estagiários da Fundação Ezequiel Dias, no laboratório de biomédicas. Aquele universo para mim era mágico e me impressionava a diversidade de estilos de cientistas do laboratório: desejei ser um deles e foi lá que decidi fazer biologia e comecei a gostar dessa história de estágio.

Claro que eu tinha um amparo familiar e muita criatividade para que pudesse sobreviver ganhando apenas a bolsa-pochete. Lembro-me que o valor era exatamente o que eu pagava na escola, mas eu me virava vendendo camisetas, broches e outras bugingangas para os caprichos extras que toda adolescente merece.

Eu já tinha uma profissão quando entrei na faculdade: trabalhava no hospital Belo Horizonte como técnica no laboratório de parasitologia. Foi lá que descobri que o projeto Tamar oferecia vagas para estágios e não pensei duas vezes: pedi demissão no laboratório e embarquei nas férias para Povoação, E.S. Esse foi o estágio mais escravo da minha vida. Naquela época, o TAMAR não custeava absolutamente nada para seus estagiários: um absurdo que eu espero que tenha mudado. Até as refeições dos estagiários haviam sido cortadas pouco antes do meu estágio começar. Tenho uma foto linda de uma canoa repleta de frutas: presentes dos pescadores locais que sabiam do perrengue que os estagiários do Tamar encaravam, pelo amor às tartarugas. No Tamar, aprendi muito com um pescador carebeiro que era o vigia da base onde eu fiquei. Aprendi muito também com a moça que trabalhava na base e descobri que a grande sacada do projeto foi envolver a comunidade local. Com tantas descobertas, valeu a ralação: abrir milhares de ovos gorados, pintar inúmeras placas, acordar de madrugada para medir a temperatura dos ninhos e levar as tartaruguinhas para o mar: tarefa predileta não fosse o medo de estar sozinha em uma praia deserta.

Depois fiz um estágio no Instituto René Rachou em BH em um laboratório que criava mosquitos para testar substâncias naturais que pudessem atuar como inseticidas. Terminar o expediente com os braços inchados pelas picadas dos mosquitos não era muito agradável, por isso não tenho as melhores lembranças dessa época. Exceto as imagens de uma bióloga chamada Esther que me ensinava pacientemente a trabalhar com o método científico: incentivando para que eu tivesse o máximo de atenção, procurando adotar critérios rígidos e elaborar relatórios bem escritos e claros.

Outro local onde eu recebi uma atenção vip, embora fosse mera estagiária, foi o Parque Estadual do Rio Doce. Lá o administrador me disse que eu poderia escolher o que eu gostaria de fazer. Optei por seguir os alunos do curso de mestrado em Ecologia da UFMG que estavam usando o parque para coleta de dados em campo. Pude ver de perto como atuam profissionais que pesquisam animais silvestres como onça e barbado e acompanhar o trabalho de um grupo de limnólogos. Depois pude acompanhar o trabalho administrativo. A única exigência desse estágio foi a elaboração de um relatório no final do estágio: nem precisa dizer o quanto me empenhei nessa tarefa. Adoraria reler esse documento para lembrar de detalhes desse estágio, que certamente foi o melhor de todos.

Vida de estagiario não é mole. Algumas iniciativas contemporâneas buscam aliviar um pouco do sofrimento desses profissionais e pode ser que a galera hoje encontre melhores condições de trabalho. Mas o período de estágio ampliou os horizontes profissionais: a biologia não seria a mesma sem aquela ralação. É por isso que defendo que meus alunos experimentem e torço para que encontrem orientadores competentes e solidários.

Notícias novas e velhas

Estou exausta e por isso andei sumida do blog – ainda bem que a gente não se muda todos os dias, se bem que nos últimos três meses nos mudamos quatro vezes. Mas essa é uma longa história que eu não quero contar no momento. O melhor do colocar a vida dentro de algumas caixas é poder dar um sumiço nos excessos. Isso é inevitável pq quando mexidas, as tralhas se expandem e tomam proporções medonhas. Então o jeito é abrir mão de algumas das muitas coisas absolutamente desnecessárias que insistimos em adquirir.
Numa frenética tentativa de colocar as coisas no lugar, me deparei com lembranças incríveis. Uma delas foi um envelope surrado que guardava um diário de bordo e um saquinho com inúmeros papeis. A coleção de contatos foi organizada pela minha querida amiga Marcinéia que me acompanhou na maior aventura da minha vida: uma viagem de carona ao nordeste. O diário de bordo deveria servir para escrever um roteiro para um filme, que nunca existiu como milhares de boas idéias que nunca saem do papel. Felizmente esse espaço existe para que parte das idéias permaneçam na nuvem: quem sabe?
Nossa aventura começou em Guarapari, onde o namorado da Mar tinha um apartamento, mas depois resolvemos esticar para Porto Seguro e de esticada em esticada, chegamos em Salvador em pleno carnaval. Nessa viagem, que durou um mês, conhecemos lugares e pessoas lindos. Eu estava no último ano da faculdade e hoje celebro ter ousado partir, sem grana - só alguns vales-refeição e algumas bolsas que nós mesmo fizemos para vender na praia.
Ao reencontrar o saquinho com os registros dos amigos que fizemos nessa incrível trajetória, pude lembrar de amizades plenas que duraram poucas horas, ou nem isso. A maioria dessas pessoas me contou a vida enquanto nos conduzia pela estrada. Uma das histórias inesquecíveis foi a de um jovem que estava vindo de Trancoso em direção à Salvador onde encontraria sua noiva. Ele tinha acabado de se casar, mas a esposa precisou ficar mais um pouco de tempo em Brasília, onde moravam. Eles combinaram que ele faria a viagem dos sonhos dele: viajar de carro sozinho para o nordeste. Achei tão lindo esse amor que compreende o desejo do outro como algo maior que o modelo convencional de lua de mel. Espero que ao chegar em Salvador esse casal tenha experimentado uma lua de mel ainda mais romântica. Ele falou da noiva com muito orgulho e nos deixou com aquela esperança de um dia experimentar uma relação tão boa. Quando ele nos deixou em Salvador, nos disse que se pudesse nos levaria para a casa dele, mas temia estar abusando da credibilidade da noiva: como ele chegaria com duas mocinhas na casa do sogro?
Quem teve coragem para nos levar para casa foi o então juiz de Conceição da Barra. Foi uma das caronas mais confortáveis do percurso. Não só pelo carro show, mas pela simpatia e pelo acolhimento. Quando chegamos na casa dele conhecemos o filho o promotor de justiça que nos cercaram de atenção. O filho desse juiz ficou muito a fim de nos acompanhar mas não rolou porque iria receber seus convidados para a festa de comemoração de sua aprovação no vestibular.
Nessa viagem tivemos a alegria de encontrar muitas pessoas solidárias. Uma delas foi uma moça vizinha de uma amiga de Salvador que nos recebeu na casa dela quando soube que a minha amiga estava viajando. Sem essa boa alma teríamos passado uma noite na rua, por isso nem precisava que ela nos recebesse tão bem, mas acolhimento de bahiano é dez!
Depois fomos para o apartamento de uma prima da Mar que estava viajando e não se importou de nos oferecer o cantinho dela. Para ver os blocos, também pegavamos carona e conhecemos mais pessoas especiais como o Luis e o Jorge - em dias diferentes, mas que eram amigos de décadas: de certo modo, fomos uma ponte para unir velhos amigos.