sábado, 28 de fevereiro de 2009

Literatura Verde e Amarela para os Miúdos

Recentemente uma grande amiga, minha sogra, pediu sugestões de livros infantis brasileiros para enviar aos seus sobrinhos netos que moram na Austrália. Seguem algumas sugestões de títulos, devidamente testados e aprovados pela Luisa:

No Imenso Mar Azul é a história de um peixinho que se encontra com um menino que sabe das coisas. Ana Maria Machado e Claudius encantam com um texto e traços simplesmente ricos.



Em Linguado Linguarudo, de Paulo Debs, um peixinho adora falar mal dos amigos, até que um dia... não se procupem, não vou estragar a surpresa. Mas garanto que as crianças aprendem que é bem melhor viver com simpatia.




Outra lição divertida é: A criança mais importante do mundo de Renata Pettengill, deliciosamente ilustrado por Mariana Massarani. O livro é uma declaração de carinho. Quando levei esse livro para as crianças da creche, pude perceber o quanto as crianças precisam acreditar que elas são mesmo importantes. Espero que elas nunca se esqueçam disso!



Outro livro que encanta os pequenos são os da coleção "Os Pingos" do casal Mary e Eliardo França. No "Buá... Buá... O que será" os pingos tentam alegrar uma lagarta simpática.



É isso. Acho que esses títulos podem ser um bom começo para introduzir os pequenos nesse incrível universo da literatura brasileira.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Uma proposta no mínimo ousada

Hoje recebi um comunicado sobre uma idéia brilhante e
resolvi divulgá-la aqui no blog.
Se você também concordar com ela, ajude a REALIZAR essa idéia, divulgando ou escrevendo para os senadores que você elegeu.
Talvez a nossa forcinha ajude a mudar a precária realidade do ensino público de nosso país.



PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007
Autor: SENADOR - Cristovam Buarque
Ementa: Determina a obrigatoriedade de os
agentes públicos eleitos matricularem
seus filhos e demais dependentes em
escolas públicas até 2014.
Data de apresentação: 16/08/2007
Situação atual:
Local:
17/11/2008 - Comissão de Constituição, Justiça
e Cidadania

Situação:
29/05/2008 - PRONTA PARA A PAUTA NA
COMISSÃO
Indexação da matéria: Indexação: FIXAÇÃO, OBRIGATORIEDADE,
AGENTE PÚBLICO, OCUPANTE, CARGO ELETIVO,
EXECUTIVO, LEGISLATIVO, REPÚBLICA FEDERATIVA,
ESTADOS, (DF), MUNICÍPIOS, MATRÍCULA, FILHOS,
DEPENDENTE, ESCOLA PÚBLICA, EDUCAÇÃO BÁSICA,
ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO DE PRIMEIRO GRAU,
DEFINIÇÃO, PRAZO MÁXIMO, APLICAÇÃO, NORMAS.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Um curso muito especial

Fui aluna do primeiro curso, aprendi muito e conheci pessoas especiais, por isso recomendo:


Heloisa Lessa e Michel Odent convidam:

II Curso de atualização - A Ecologia do Parto e Nascimento

Objetivo: Oferecer evidências científicas atuais aos interessados em renovar / iniciar sua prática profissional acompanhando mulheres, durante a gravidez, parto e amamentação. O curso tem como base a fisiologia da mãe e do bebê e as conseqüências á longo prazo na saúde do individuo do que ocorre no Período Primal ( da concepção até o 1 ano de vida).

Aula Inaugural 7 de abril-Palestra com MICHEL ODENT

As funções dos Orgasmos. A auto-estrada para a transcendência.(Título do livro que acaba de ser lançado na Inglaterra )

Encontro mensal: Sexta: 17h ás 21h Sábado: 9h / 13 h

Revisão bibliográfica atual em português e inglês.

Trabalho corporal, dinâmicas e atividades interativas.

Gestos- Rua Conde Afonso Celso, 99 Jardim Botânico

Certificados fornecidos pelo: Primal Health Research Center

Investimento: Pagamento mensal (9 meses) R$ 270

Matricula: R$ 100 – a ser realizada durante entrevista e entrega de material.

Heloisa Lessa é enfermeira obstetra / parteira e mestre em Enfermagem. Atende a partos em casa planejados no Rio de Janeiro desde 1989. Tem experiência de trabalho com as parteiras tradicionais e a população indígena brasileira. É internacionalmente conhecida.

Michel Odent obstetra Frances conhecido pelos conceitos de sala de parto como casa e da utilização das piscinas de parto. Fundador do centro de pesquisa: Primal Health Research Center em Londres. Possui 12 livros publicados em 22 línguas e mais de 50 artigos científicos.

Inf. e programação completa: heloisa.lessa@terra.com.br

Tel: 21 22322445

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Moreira Salles é um programão

Taí um programa que eu recomendo:

ATELIÊ INFANTIL – O OLHAR DA CRIANÇA NA ARTE DE FRIDA KAHLO E DIEGO RIVERA

A obra do casal de pintores mexicanos será tema das atividades no próximo fim de semana. Haverá narração de histórias sobre as técnicas e as biografias de Frida Kahlo (1907-1954) e Diego Rivera (1886-1957), de maneira acessível aos pequenos. Em seguida, os miúdos põem a mão na massa, com os monitores incentivando-os a pintar e desenhar inspirados pelos artistas. Rec. a partir de 3 anos. Instituto Moreira Salles (30 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, 3284-7400. Sábado (28), 17h. Grátis. Estac. Distribuição de senhas uma hora antes.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Carnaval em Sampa

Depois de muito pesquisar um programa com valor aceitável que também fosse divertido para a Luisa, resolvemos comprar um pacote para Sampa pela CVC. Acabou ficando pela metade da média dos preços dos hoteis fazenda que eu pesquisei - em torno de 4 mil reais - eles realmente perderam a noção! O pacote oferecido pela CVC, além da hospedagem no luxuoso Quality Resort de Itupeva, incluia o transporte e os ingressos para três atrações: parque de diversão, zoo e parque aquático. É claro que nem tudo são flores: falta controle de qualidade na escolha do local de embarque - o Othon tem um atendimento caído; no serviço das guias - algumas atendem na recepção e outras exigem a formação de filas enormes; nos tipos dos carros - ônibus com diferentes padrões e na conferência dos itens: no nosso carro por exemplo, não havia cobertores, o que nos obrigou ir à garagem buscar. Um risco dispensável!

No primeiro dia fomos ao Hopi Hari e a Luisa nos surpreendeu com sua reserva de energia: das 10 às 19 h não parou um só minuto. O parque paulista é gigante e tem atrações que agradam pequenos e marmanjos. O que a minha pequena mais amou foi o castelo das lendas: um túneo percorrido por um pequeno barco onde encantadores bonecos dançam ao som de uma música fofa - pelo menos para quem ouve uma única vez . É claro que tivemos que dar intermináveis voltas nesse castelo, bem como no carrocel e no trilho dos caminhões. Nem eu nem o Luis somos amantes dos brinquedos radicais, por isso não nos frustramos por não poder aproveitá-los, mas um passeio pelo rio bravo nos deixou com água na boca - teremos que retornar quando a pequena Luluty tiver mais de um metro.

Ontem passamos o dia inteiro no parque aquático Wet'n Wild e a Luisa gostou ainda mais. Dessa vez ela jogou a toalha: brincou bastante, mas a tarde dormiu profundamente. Os dois parques estavam lotados, mas felizmente as atrações que interessavam aos pequenos não eram tão requisitadas. Fiquei babando nos escorregas gigantes que os marmanjos descem com seus botes incríveis. De novo: teremos que esperar a Luluty crescer um pouquinho ou eu terei que voltar com os meus alunos, como fiz uma vez levando meus ex-alunos do Bahiense Ilha no Play Center. Ah que saudade!

Hoje o dia é livre, mas não há muito o que fazer. A primeira opção era passear no maior Shopping da América Latina que fica em Campinas, mas o valor cobrado pelo taxi nos assustou: 100 pratas para ir, 100 para voltar!? Acabamos optando por curtir o hotel: destaque para as delícias gastronômicas e o atendimento de primeira classe no restaurante. Amanhã iremos ao Zoo e depois voltamos para casa: quero curtir a minha mamy e o carnaval do Rio. Vamos?

A sedução do silêncio

quem tem (e quem não tem) ouvido para ouvir leia:


ESCUTATÓRIA
Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A viagem do padre


Já se passaram três séculos, mas parece que foi ontem: Bartolomeu de Gusmão (1685-1724) impressionou a corte portuguesa ao fazer voar pela primeira vez um objeto mais pesado que o ar. Eu adoraria estar viva nesse dia 8 de Agosto de 1709 e conhecer o jovem padre luso-brasileiro de 24 anos.
Desde aquela época, os inventores eram chegados ao segredo e isso dificulta um conhecimento mais preciso sobre os voos de Gusmão, por isso fica uma dúvida no ar: esses voos eram pilotados? Parece que não. Apenas em 1783 os irmãos Montgolfiera protagonizaram a primeira ascensão humana em balão. De todo modo, a máquina voadora do padre, apelidada de "Passarola", mexe com a nossa imaginação. Ela aparece no romance "Memorial do Convento", de José Saramago. Você já leu?
Gusmão também escreveu sobre o seu invento e esse "manifesto" está na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Adoraria dar uma passadinha lá para ler. Vamos? Essa biblioteca guarda também uma petição do padre ao rei D. João V para lhe ser concedido o privilégio de só ele poder fabricar instrumentos para voar. Segue um trecho desse documento:
Senhor, diz Bartolomeu Lourenço que ele tem descoberto um instrumento para se andar pelo ar, da mesma sorte que pela terra e pelo mar, e com muito mais brevidade, fazendo-se muitas vezes 200 e mais léguas de caminho por dia, no qual instrumento se poderão levar os avisos de mais importância aos exércitos e terras mui remotas quase no mesmo tempo em que se resolverem: o que interessa a Vossa Magestade muito mais que a nenhum dos outros Príncipes pela maior distância do seu domínio, evitando-se desta sorte os desgovernos das conquistas, que procedem em grande parte de chegar muito tarde a notícia deles a Vossa Magestade.
Esse Gusmão não é uma figura?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A fantástica saga de Carlos Chagas

Em abril desse ano comemoraremos 100 anos de uma grande sacada do cientista Carlos Chagas (1878-1934): a descoberta de uma nova doença humana identificando o parasito - o Trypanosoma cruzi - e seu ciclo evolutivo; o vetor - o barbeiro - e seus hábitos; o reservatório doméstico - o gato. Essa quase nobel “tripla descoberta” de Chagas é considerada única na história da medicina e um marco na história da ciência.

Esse herói, que é a antítese dos super-heróis dos quadrinhos, e seus colaboradores identificaram as diversas modalidades clínicas da doença, separando-as entre as fases aguda e crônica, descreveram minuciosamente a morfologia e o ciclo evolutivo do T. Cruzi no inseto transmissor e no hospedeiro vertebrado e estudaram a biologia das várias espécies de barbeiros transmissores. Realizaram investigações experimentais, produziram estudos sobre a patogenia (processo de evolução da doença) e a anatomia patológica (estudo das lesões provocadas pela doença por meio de necrópsias), desenvolveram métodos de diagnóstico, analisaram o papel dos reservatórios domiciliares e silvestres do T. cruzi e apontaram a relevância da doença como flagelo que impedia o desenvolvimento físico e social das populações rurais do país.

Se hoje dizemos que os cientistas fazem parte de uma elite, imagine no início do século XIX quando um número reduzidíssimo de homens chegavam às Universidades. Chagas entrou para esse seleto grupo quando tinha apenas 16 anos e ingressou na faculdade de medicina, mas logo percebeu que a torre de marfin não era o seu lugar e resolveu visitar os sertões mineiros. Ao olhar curioso de Chagas, o que era considerado insignificante ganhou atenção. Foi assim que ele ganhou destaque na mídia: nossa comemoração só seria maior se aquela condição miserável que Chagas encontrou no interior do Brasil tivesse ficado no passado.
Saiba mais sobre essa doença: Fonte: www.fiocruz.org.br

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Luz de Luisa

Foi preciso que a Luisa nascesse para que eu descobrisse o quanto a maternidade aguça o instinto de sobrevivência. Ações comuns como atravessar uma rua passaram a envolver mais cuidado. Não que eu tivesse um comportamento suicida ao atravessar a rua, mas sempre fiz isso de forma relaxada, sem me dar conta dos riscos que eu corria. Mas ao experimentar uma boquinha sugando meu peito desejei que nada de mal acontecesse comigo - nem tanto por mim, mas por ela. Sobreviver passou a ser uma obsessão. Quem cantaria olhando nos olhos dela e dizendo sinceramente que a ama mais que tudo nessa vida? Quem repetiria as mesmas histórias tantas vezes quanto ela pedisse? Quem cortaria as unhas com paciência, escovaria os dentes com criatividade, permitiria que ela enrolasse o cabelo até conseguir dormir (as vezes me irrito com essa mania, mas no fundo adoro).

Descobri que as mães fazem com prazer coisas que para outras pessoas parecem perda de tempo. Por isso quero viver muito. Que Deus continue me guardando e guardando a minha doce Luisa.




domingo, 15 de fevereiro de 2009

Para manter o Elefante bem longe

Um dia desses sonhei que eu era uma das palestrantes de um seminário federal sobre a "Promoção do Amor". Por muito tempo fiquei ruminando essa idéia porque nunca ouvi falar desse tipo de iniciativa, muito menos partindo do poder público, embora eu venha de uma família que acredita firmemente que o mundo precisa de amor. Nessa concepção, não haveria espaço para a intolerância e todas as suas violentas consequencias se cultivássemos esse poderoso sentimento.

No sonho, o auditório estava lotado e havia uma fila enorme de palestrantes. Enquanto ouvia a abordagem político-filosófica das autoridades presente, fiquei pensando em como abordar aquele tema mantendo meus ouvintes acordados. Resolvi pensar em questões práticas e parti de um cenário que para mim é familiar: a escola. Comecei citando o filme "Elefante", que apresenta o assassinato de 14 jovens e um professor em Columbine High School, em 1999. O inusitado nessa obra é que o diretor GusVan Sant partiu da perspectiva dos alunos envolvidos de alguma forma na tragédia - é como se ele dissesse: eu quero ouvi-los porque me importo com vocês. Quando assisti esse filme, não pude parar de pensar em como o amor pode prevenir tragédias como a de Columbine. Imagine aqueles adolescentes trocando o acesso à armas tão poderosas por um projeto que os fizessem sentir importantes para o mundo, ou os pais daqueles meninos chegando mais cedo em casa para conviver com seus filhos, se importando com eles e quem sabe até descobrindo o armamento que seus filhos guardavam em casa - se é que isso iria acontecer. Imagine a escola atenta aos alunos para que o ódio não tivesse vez naquelas mentes confusas.

Ao acordar fiquei pensando em pequenas ações que fazem com que a família se sinta em um ambiente amável. Por exemplo, uma casa florida - vivemos dizendo que o mundo não é feito de flores, mas podemos fazer da nossa casa um mundo a parte, um lugar belo e realmente especial. As mulheres se queixam de não receber flores de seus amores, mas o que impede que elas combinem com os floreiros das feiras um preço especial para trazer frequentemente as flores para enfeitar a casa? Outro exemplo: cores. A família pode criar um mutirão para pintar a casa: vai ser divertido fotografar todos respingados e rir das manchas que ficaram. Pensem em outros exemplos: passeio ao ar livre; cabaninha de lençol para contar histórias, um cantinho e um instrumento para novas canções....

Sem medo do rótulo da pieguice, sigo pensando em como cultivar o amor na minha família, na minha escola, no meu mundo. Talvez assim o Elefante não nos perturbe.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Introdução à Biologia Celular

Queridos alunos, cliquem aqui e vejam a apresentação produzida pelo professor Marcelo Almeida da UFES. Ela traz um panorama do que será estudado em Biologia no primeiro ano.

Estudem!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Hoje tem alegria?

Eu já parabenizei aqui os pais que têm coragem de atuar como educadores e estive pensando que a lição mais significativa que temos para nossos filhos é a alegria. Hoje participamos de uma grande aula de alegria com o Bloco Spantinha Neném. Acordamos cedo e fomos para o Corte do Cantagalo na Lagoa com as crianças - explico o plural: além da Luisa, tivemos a companhia da sábia Bruna. Ao chegar lá, nos deparamos com esteiras espalhadas pelo chão com lindas almofadas de chita - o espaço ficou lindo! Esse mesmo glorioso tecido cobria o parquinho dos bebês que contava com brinquedos seguros, coloridos e em ótimo estado - algo raro nos parquinhos ao ar livre. Malabaristas, perna-de-pau e brinquedos de sucata aguardavam as crianças que pulavam sorrindo como se não acreditassem no presente que ganharam.

Eu e o Luis, nos juntamos aos pais ameaçados de extinção que não temem o ridículo e nos acabamos no bloco Céu na Terra e seu repertório fantástico. Como as crianças adoram ler, quero apresentar as letras das marchinhas para elas - tudo bem, que preciso fazer uma seleçãozinha... Nossa animação era tanta que chamou a atenção de um jornalista do JB: Bruninha arrasou na sua primeira entrevista!

Confesso que senti falta de mais animação: será que os pais ficam tímidos quando estão com os filhos ou será que as babás estavam guardando o fôlego para os próprios rebentos? Essa de deixar as crianças com as babás até no final de semana é mesmo o fim! Brincadeirinha, nós também costumamos pedir essa ajudinha preciosa quando queremos ir ao cinema, mas a alfinetadinha fica para aqueles que estão sempre delegando a cria e não priorizam o tempo para lamber a cria. Aprendi com a Luisa que, quando se fala em tempo, quantidade também é importante.

Para curtir ainda mais a lagoa, as crianças tiveram direito a pedalinho e almoço especial: comemos um filé maravilhoso no quiosque que fica em frente ao Pedalinho.

Fiquem com os melhores momentos dessa gostosa folia:



Ao pesquisar a música que a Bruna escolheu para o vídeo, descobrimos um site com as gravações originais das marchinhas clássicas. Vale ouvir!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Três exemplos de como os biólogos atuam

Genética Molecular



Biologia Molecular



Taxonomia:



É bom lembrar que os biólogos também atuam como educadores, promovendo o encantamento pela biologia. Os melhores, na minha opinião, são aqueles que usam a sala de aula como objeto de pesquisa e buscam meios para que a aprendizagem se torne cada vez mais instigante.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Transforme a sua escola

O que é melhor: entrar em uma boa Escola ou transformar a sua em uma escola de excelência? A minha sobrinha Bruna de oito anos defende a segunda opção e acho que ela está certa.
É possível incrementar uma instituição de ensino com pequenas ações. Por exemplo, um grêmio semanal que permita que os alunos apresentem seus talentos. Foi assim que uma professora de português marcou a minha vida para sempre. Eu e meus colegas ensaiávamos durante a semana para cantar as músicas das bandas que amávamos como Kid Abelha ou Titãs. Havia também uma dupla hilária que imitava jornalistas divulgando as notícias da Escola: era muito divertido ver os professores rindo livremente das gracinhas que eles faziam. Na sala de aula, a criatividade desses meninos era insistentemente tolida, mas no auditório eles exercitavam todo o talento humorístico.
Estimular talentos musicais é um investimento para o futuro. Os alunos costumam ter instrumentos musicais, embora nem sempre saibam tocá-los. Nós educadores podemos sugerir que os alunos levem os instrumentos para a Escola, mesmo sem saber tocá-los e incentivar que os que sabem mais ensinam aos menos experientes - nessa, poderiam entrar pais, irmãos, tios e vizinhos dispostos a dividir conhecimento. É assim que nascem os músicos que encherão de orgulho os professores.
Eu já disse aqui que a Escola é um lugar onde se aprende a ser solidário. Campanhas em forma de gincanas podem sensibilizar os alunos para a importância de olhar para o outro. Doação de livros, agasalhos, brinquedos pode unir a comunidade escolar, principalmente se acompanhado com um café da manhã que as pessoas de bem tenham oportunidade de encontrar pares para novas descobertas.