quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Parece óbvio mas não é

Meu marido vive dizendo que não entende a razão de investir recursos para pesquisar o que todo mundo já sabe. Pensei nisso quando soube de uma pesquisa realizada na Universidade Nacional da Austrália que "revela" que os alunos com bons professores levam metade do tempo para aprender um conteúdo, em comparação com os que têm professores mal preparados. Para esses pesquisadores, bons professores são aqueles que conciliam vocação com curiosidade e facilidade de relacionamento. Se esses pesquisadores estiverem, de fato, obviamente corretos, quem tem a intenção de facilitar a aprendizagem deve aguçar caractarísticas que, embora sejam inerentes ao bicho homem, tendem a se retrair, muitas vezes ao longo da formação do professor. Outra pesquisa, descrita no relatório McKinsey & Company de 2007, sugere que os países que têm as melhores escolas e os melhores alunos, como Finlância e Inglaterra, são aqueles que mais valorizam os professores. Essa pesquisa, pelo menos para os nossos governantes, não é nada óbvia. Basta analisar as mirabolantes propostas de "melhoria do ensino" típicas da chegada dos novos gestores públicos. Assim, é melhor que as pesquisas continuem... quem sabe um dia algum de nossos eleitos resolve dar atenção a elas?
Enquanto isso não acontece, podemos ensinar nossos filhos a valorizar seus bons professores!

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