sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ana Carolina & Eliza Lucinda: As educadoras do dia

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Você quer participar?

No primeiro domingo de fevereiro, queremos promover um novo café da manhã solidário. Dessa vez para arrecadar material escolar para a Creche Fazer Arte. Quem tem filho na escola sabe quanto custa os produtos usados na escola. Para que outras crianças tenham a oportunidade de exercitar a criatividade, eu e meus vizinhos doaremos produtos como:

- papel pardo
- papel camurça (várias cores)
- papel lumipaper 90g (diversas cores)
- papel glacê (diversas cores)
- cartolina (diversas cores - principalmente verde, azul, amarela, vermelha, laranja e marrom)
- resma de papel
- contact transparente
- grampo para grampeador 26/6
- grampeador grande (para professora fazer mural de turma)
- fita crepe
- fita dupla face
- fita adesiva transparente (48x50cm)
- durex colorido
- fitilho colorido
- pincel chato com ponta retangular
- tinta plástica
- hidrocor jumbo da Faber Castell
- tesoura grande (para professora usar)
- tesoura de picote (para professora usar)
- pasta polionda escolar (315x226x55mm)
- saco plástico para colocar em fichários (com 2 ou 4 furos)


Além das doações, os participantes levam um lanchinho para que o encontro seja uma verdadeira delícia e instrumentos musicais pra gente formar uma banda do barulho!

Se você mora no Rio e quer colaborar, entre em contato com o Instituto Fazer pelo telefone (21) 2543-4668 ou através do site www.institutofazer.org.br

Se você mora em outra cidade, ou mesmo no Rio, reúna a sua turma e promova um encontro solidário. Você fará novos amigos e muita gente feliz!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

As línguas na aprendizagem de Bio



O domínio de diferentes línguas é muito útil, principalmente para bons alunos de biologia. Publicações sobre as pesquisas recentes nem sempre estão disponíveis em português, por isso chega na frente quem transita por diferentes idiomas, mesmo sem entender tudo, mas aberto à descobertas.

Para exemplificar essa hipótese, selecionei alguns vídeos sobre Método Científico.

No primeiro exemplo, as etapas do método científico são apresentadas, em inglês, através de uma simpática animação intitulada "The Mysteries of life - with Tim & Moby:



Outro exemplo é o curta-documentário Método Científico Y Pensamiento Crítico que apresenta, em espanhol, a ciência como um trabalho coletivo, onde a única certeza é a inexistência de uma verdade absoluta.



Veja o único filme em português que eu encontrei hoje no YouTube sobre "método científico" :



Prefiro não comentar!!!


Xô Preguiça:

Que tal aproveitar bem o finalzinho das férias e os feriados?
Veja as opções sugeridas pelo Portal Itaipu:


Museu Antônio Parreiras
Rua Tiradentes, 47 - Ingá. Niterói - RJ - Tel.: (21) 2719-8728
Benefício: Gratuidade nas visitas ao Museu com programação de exposições para o Carioquinha. Horário de funcionamento: 3ª a 6ª feira de 11h às 17h / Sábados, domingos e feriados das 14h às 17h.

Museu de Arte Contemporânea
Mirante da Boa Viagem, s/n -Boa Viagem. Niterói - RJ - (21) 2620.2400 www.macniteroi.com.
Preço Normal: R$ 4,00. Obs: Crianças até 7 anos não pagam. Horário de funcionamento: 3ª a domingo das 11 às 18 horas.

Teatro Municipal de Niterói
Rua XV de Novembro, 35 Centro. Niterói - RJ (21) 2620.1624
Projeto "Quarta Clássica". Preço Normal R$ 4,00. Horário das apresentações: 19h.

ZOONIT - Fundação Jardim Zoológico de Niterói

Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca Niterói - RJ (21) 2625.6024/2721-7069 - www.syntonia.com/natureza/zoonit - e-mail:zoonit@ig.com.br
Preço Normal: R$ 4,00. Crianças até um metro de altura, idosos acima de 60 anos c/ documento de identidade e deficientes físicos não pagam. Horário de funcionamento: 2ª a domingo das 8:00h às 16:30h.

Barcas S/A - Passeio Turístico pela Baía de Guanabara
Tel: (21)2533.6661/2533.7524/2532.6274
Preço normal: R$10,00. Crianças até 1metro de altura não pagam. Horários de saída: às 09:30h da Estação de Niterói / às 10:00h da Estação Pça XV. Informações: Os bilhetes podem ser comprados nas bilheterias da Barcas S/A do Rio ou de Niterói. O passeio tem acompanhamento de guia turístico que, durante todo o percurso, narra a história e curiosidades do Rio e Niterói. A duração do passeio é de aproximadamente 2 horas. Obs: O serviço de bordo não está incluso no preço do passeio.

Espaço Cultural da Marinha (ECM) / Ilha Fiscal / Passeio Marítimo
Av. Alfred Agache, s/nº - Centro. Tel: (21)2104-6999/21046721 www.sdm.mar.mil.br
Visitas à Ilha Fiscal de 5ª feira a domingo, saídas do Espaço Cultural da marinha ás 13h, 14:30h e 16h. Fim de Semana saídas às 9:30h, 11h e 13:30h. Preço normal: R$ 8,00.
Passeio marítimo de 5ª a domingo, saídas do Espaço Cultural da Marinha às 13:15h e 15:15h. Fim de Semana, saídas às 10h,13h e 15h. Preço normal R$ 8,00.
Trem do Corcovado Rua Cosme Velho, 513
Cosme Velho Telefax: (21)2558.1329 - www.corcovado.com.br
Preço normal R$30,00 adulto. Obs: Gratuidade p/ menores de 5 anos. Horário de funcionamento: diariamente de 09:00h às 18:30h. Informações: Saída do trem c/ intervalos de 30 minutos, o percurso leva 17 minutos e o visitante poderá ficar o tempo que quiser aos pés do Cristo Redentor.

domingo, 25 de janeiro de 2009

você já viu esse filme?

Finalmente um documentário escancara o interesse econômico das maternidades americanas. As primeiras cenas denunciam: "Eles querem seus leitos arrumados e vazios. Não querem mulheres andando pelas salas de parto.”

No Brasil, onde os hospitais americanos servem de modelo - da supervalorização da tecnologia à precariedade do conhecimento - as maternidades também utilizam equipamentos modernos, mas seus profissionais são incapazes de consultar periódicos como o pubmed. Por isso, repetem procedimentos comprovadamente nocivos para as mães e seus bebês, enquanto investem em maquiagens como a decoração arrojada da recepção ou serviços como manicure - nada contra, mas priorizar isso é vergonhoso.

Aqui e lá, dar a luz tem sido um negócio de bilhões de dólares. Mas parece que esse modelo está em crise na medida em que as pessoas buscam informações e descobrem novas opções para parir. Mesmo assim, o que ainda prevalece é a ignorância beneficiando o sistema hospitalar: “Decisões médicas são tomadas por razões monetárias e legais e não porque são boas para a mãe e o bebê.”

Em uma das cenas do documentário, as enfermeiras são questionadas sobre u uso dos medicamentos que aumentam as contrações na parturiente que sente dores: “Isso é uma melhoria ou estamos refazendo o pior ?”

Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar na relação entre nascimentos e mortes no mundo desenvolvido. Slogans como esse alternam entrevistas com mulheres que experimentaram o parto natural. Para elas, o nascimento de seus filhos foi muito simples e agradáveis: "Quase o paraíso!”. O documentário também questiona as razões para no mundo a fora, as parteiras realizarem 70 a 80% dos partos, enquanto nos Estados Unidos, 10% ou menos. Mas espere, essa também não é uma realidade do Brasil e o que temos feito para mudar essa realidade?

Tenho a sensação déjà vu na cena que mostra a âncora do jornal reportando acusações sobre hospitais que não tem paciência com as grávidas ou quando ouço: “A cesariana é extremamente amigável ao médico, são vinte minutos e eu estarei em casa para o jantar.”

Por isso, lá e aqui, o que o profissional médico tem feito é convencer a vasta maioria das mulheres que elas não sabem como dar a luz. Felizmente, lá e aqui, existem mulheres corajosas que não abrem mão desse poder: “Se eu posso fazer isso, eu posso fazer qualquer coisa. Para mim, isso é a força de dar a luz e é isso que eles estão tirando das mulheres.”

O diretor Abby Epstin buscou apontar possibilidades de escolhas:

“o desconhecido, que uma mulher precisa conhecer, precisa experimentar....

" foi o dia mais significativo que eu tive na minha vida.”

“Eu não sabia nada sobre isso, nem trocar uma fralda, ...

“Isso é o que eu quero para minha criança.”

“Nada se compara com o privilégio de dar a vida e ser responsável por isso. Nada!” Com vocês o trailer de "The Business of Being Born":


* Agradeço aos meus sogros Newton e Rose que atuaram como tradutores facilitando a publicação desse texto.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O nojo como via de sobrevivência

A temática agressão física e psicológica contra a mulher mulher é recorrente no cinema brasileiro e remexe as camadas de opressão que começaram a ser depositadas no nosso país antes dele ser chamado Brasil. No filme Desmundo (Alain Fresnot, 2003), por exemplo, algumas orfãs chegam de Portugal em 1570 para se casar com os primeiros colonizadores. Simone Spoladore interpreta Oribela, uma dessas mulheres que, sob a bênção da igreja, são transformadas em mercadoria nas barganhas pouco nobres estabelecidas no período colonial. Ela é obrigada a se casar com Francisco (Osmar Prado), mas resiste à idéia de uma relação sexual com o homem que aos olhos dela era estranho, no sentido mais amplo da palavra. Ele promete esperar que ela tenha afeto por ele, até um dia, usando a força, a obriga a satisfazê-lo. Como resposta ela foge em busca da liberdade e de um amor verdadeiro. No trecho abaixo, Oribela acaba de sair da prisão, um castigo dado por seu marido após essa frustrata tentativa de fuga.



Essa sequência me faz pensar nas Oribelas contemporâneas que sofrem horrores com seus companheiros e ainda carregam toda a sorte de culpa.

Outro filme que levanta essa questão - e que foi o meu objeto de estudo no mestrado - é "Sonhos Tropicais" (André Sturm, 2002). O enredo, ambientado no Rio de Janeiro do século XIX, explora duas questões complexas: a Revolta da Vacina e o tráfico de mulheres judias - as polacas. Carolina Kasting vive Esther, a jovem judia que chega ao Brasil com a promessa de casamento com um judeu rico e descobre que tudo não passou de uma farsa inventada por um dono de bordel. Uma das cenas mais fortes do filme mostra apenas uma porta e nos faz imaginar Esther sendo violentada pelo seu novo dono. Como no caso anterior, o tráfico de mulheres é um problema que a nossa sociedade ainda não resolveu.

O último exemplo é "Anjos do Sol" (Rudi Lagemann, Brasil, 2006) que apresenta Maria (Fernanda Carvalho) uma menina sertaneja que é vendida pelo pai e enviada para um prostíbulo na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, consegue fugir para o Rio de Janeiro onde reencontra a prostituição, com outra roupagem, não menos perturbadora. As cenas que mostram os homens fazendo fila para transar com as meninas remetem aos brasileiros que praticam ou estimulam a pedofilia.

Nos três filmes citados, o que faz as heroínas lutarem contra seus algozes é a sensação de nojo. E é esse sentimento que me toma quando mergulho nas histórias projetadas na tela que me trazem lembranças de histórias reais contemporâneas, de pessoas que eu considero fortes, inteligentes e corajosas, mas que não conseguem fugir de suas relações doentias. Nessa imersão vejo intercessões: mulheres vendidas, enganadas, desconsideradas, violentadas... e o que permanece em mim é apenas o nojo. Bom seria se essa sensação contaminasse outras mulheres agredidas por seus parceiros. Um nojo maior ainda deveria tomar as mulheres que sofreram tais agressões na frente de seus filhos. Imagine essa náusea propulsora de coragem se espalhando nas mulheres do mundo todo, logo na primeira agressão! Se essa utopia acontecesse, reduziríamos os casos de violências graves e pouparíamos nossas crianças da dor de assistir suas mães apanhando. Veja esse comercial e pense em ações práticas para dar um basta nessa vergonhosa questão.

A beleza das Meninas e seus preciosos orifícios

Hoje o Brasil chorou a morte da modelo que teve as mãos e os pés amputados após uma infecção urinária. Ao longo da semana, enquanto a jovem lutava pela vida, foi comovente ver as pessoas se mobilizando para doar sangue, mas confesso que fiquei perguntando se haveria tamanha comoção se a vítima fosse uma de nossas desdentadas.

A causa da morte ainda será investigada, mas suspeita-se de uma bactéria - Pseudomonas aeroginosa comum em nosso trato intestinal. Se ela é comum, porque teria causado tanto estrago? O problema é quando essa bac "resolve" ocupar lugares diferentes como a bexiga e/ou os rins. E como ela vai parar no lugar errado? Na hora de limpar o cocô, principalmente as meninas que têm tudo muito juntinho, transportam as fezes que estavam no ânus para as regiões da frente, conduzindo gentilmente as bacs para o canal urinário. Aí as pequenas bacs, que em breve serão notáveis, sobem para a bexiga e lá se multiplicam rapidamente. Na bexiga, as bacs causam uma doença muito comum, a cistite, que é percebida pela dor, mal cheiro, ardência e/ou sangramento ao urinar. Mas se os microrganismos escalarem os canais que levam aos rins, poderão fazer um estrago ainda maior.

Tudo isso pode ser provocado por um simples gesto na hora de limpar o cocô? Pode parecer pouco, mas o movimento de trás para frente pode contaminar toda a região, inclusive o sistema reprodutor. O pior é que as nossas meninas, mesmo as fãs do funk proibidão, conhecem muito pouco seus corpos. Qual das minhas leitoras, têm como hábito examinar suas partes íntimas e estimular suas filhas a fazerem o mesmo? Um pequeno espelho e uma mãe sábia podem prevenir doenças graves. Com ele, a mãe apresenta para a filha os três orifícios: uretra, vagina e ânus e explica a função de cada um, mostrando que as bacs que estão no cocô não podem chegar nos outros dois orifícios e orientando para que a filha evite, a todo custo, o uso do papel higiênico, ressaltando que se esse recurso for inevitável, o movimento deve ser sempre do ânus para trás.

Se você dominar e disseminar essa técnica simples pode prevenir as chamadas cistites de repetição e trazer muito mais qualidade de vida às pessoas que você quer bem.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Precisamos esperar ou podemos nos mexer?

Tenho aprendido muito sobre mobilização com os meus vizinhos. Percebi que quando proponho uma ação, muita gente se envolve e me surpreende com a capacidade de entrega das pessoas. Então quando vejo essa matéria sobre os riscos de epidemia de dengue em BH, minha cidade natal, me pergunto: o que os meus conterrâneos estão esperando? A reportagem traz um dado preocupante: de cada 100 moradias, quase 4 quatro domicílios apresentaram focos da doença: garrafas pets, pratinhos que retém água de vasos de plantas e os famigerados pneus. Detalhe: quando a infestação larvária é superior a 4% configura-se risco de epidemia.

Aqui no Rio, assistimos em 2008 muitos casos de mães desesperadas ao verem seus filhos incluídos entre as vítimas do vírus. Talvez por isso ouve-se falar aqui, constantemente, de mobilização popular como gincanas nas escolas e organização de moradores. Torço para que BH siga esse exemplo porque em muitos bairros, como Venda Nova, onde mora boa parte da minha família, o levantamento indicou 5,7% de manifestação larvária.

Além de colocar a mão na massa, identificando e eliminando os focos, é fundamental fiscalizar a aplicação dos recursos públicos: a prefeitura pretende investir R$15 milhões para o combate da doença nesse ano: então, boca no trombone caso saibam de irregularidades. Além disso, para evitar a multa de R$ 6.201,00 é bom abrir as portas para a fiscalização. Cada um fazendo o que pode, e se possível um pouco mais, os riscos da dengue em BH diminuem. Por via das dúvidas, comam inhame!!!


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A parreira das uvas rubis

(Uma releitura da fábula: "A galinha dos ovos de ouro")

Silvania Santos


Era uma vez um fazendeiro chamado Barnabé. Ele era muito trabalhador e plantava uvas verdes que eram doces como mel. Com as uvas Barnabé fazia sucos deliciosos e sobremesas incríveis. Certo dia Barnabé descobriu que uma de suas parreiras dava frutos rosados como rubis. A princípio Barnabé ficou triste pensando que a parreira estava doente e que por isso os frutos estavam nascendo estragados. Mas depois ele teve a idéia de vender os frutos. Todos queriam comprar as lindas uvas que Barnabé vendia. Ele desejou ser rico ao ver que as mulheres enfeitavam seus chapéus com as uvas e se divertia ao saber que os homens gostavam de presentear as namoradas como se fossem rubis de verdade. Mas Barnabé não conseguia atender todos os pedidos que chegavam porque daquela parreira nasciam poucas uvas. Então o fazendeiro teve a idéia de retirar alguns galhos da parreira diferente e fazer mudas para conseguir outras plantas que também produzissem uvas rubis. Para sua tristeza, nenhum galho originava nova parreira. Desesperado, Barnabé foi tentando, tentando, até que a parreira ficou bem pequenininha e não produziu mais nenhum fruto. Enquanto isso, as outras parreiras também pararam de florescer porque o fazendeiro havia se esquecido delas. Empobrecido e endividado, Barnabé dividiu suas terras para pagar os empregados e foi para a cidade trabalhar como jornaleiro. Um belo dia, enquanto Barnabé distribuía os jornais, se deparou com uma notícia de sua terra Natal. Na capa do jornal, o prefeito da cidade, todo sorridente, exibia belas uvas rubis e dizia que milagrosamente, em diversos pontos da cidade, surgiram parreiras que produziam maravilhosas uvas rubis. Barnabé compreendeu então que as mudas que ele plantou, no tempo certo, cresceram e deram belos frutos. Ele aprendeu que é preciso saber esperar e cuidar bem dos tesouros que a vida nos oferece.
Desenho de Sayuri – em grafite (edições SM, 2008)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fique atento ao procurar a escola do seu filho

Uma das coisas que mais pesa no orçamento doméstisco é a escola dos filhos e para fazer valer o investimento que os pais fazem, as escolas estão em busca do "diferencial" que irá atrair os seus futuros clientes. Assim, com tantas alternativas de diferenciais: idiomas, preparação para o vestibular, ensino religioso... não há como evitar o stress da escolha. Uma dica é primeiro ter clareza daquilo que na sua percepção é essencial para o chamado desenvolvimento "global" de seu filho. Ao experimentar diversas propostas pedagógicas nas diferentes escolas onde leciono e lecionei, percebi que nada pior para um aluno que a disparidade entre os valores de casa e os da escola. Por exemplo, se a escola exige que seus alunos sejam super-organizados e em casa as coisas estão sempre fora do lugar, é inevitável que essa criança experimente uma sensação de não pertencimento que nenhum esforço poderá fazê-la feliz. Esse sujeito construirá um entre-lugar, em geral se isolando dos amigos, dos professores e da família. Portanto, ao visitar a futura escola do seu filho, fuja de lá caso ela não tiver o seu estilo. Com tantas escolas espalhadas pela cidade, sempre haverá um cantinho para você e seu filho se sentirem em casa.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Entusiasmo e humor para ensinar história

Essa é para não errar mais nas questões de história que tratam a crise do império romano.



Depois e assistir me conta: como é a sua relação com essa disciplina e como seria se você fosse aluno desse professor?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TV faz bem para as Crianças?

A TV que ainda hoje é vilã aos olhos de alguns pais e educadores, continua sendo amplamente usada como babá e encantando as crianças. A minha filha, por exemplo, se hipinotiza quando está diante da telinha, por isso eu procuro expô-la o mínimo possível e me preocupo, mais do que com o tempo, com o conteúdo. Há muito não vejo novelas nem jornais e só não me sinto mais alienada, porque procuro acessar os conteúdos dos jornais via internet: é o preço que pago para que minha filha não seja bombardeada por cenas de violência e sexo gratuitos. Mas de vez em quando, cedo à uma sessão do canal Discovery Kids e me divirto vendo as tiradas da Pink ou da Lola, minhas mocinhas prediletas. Mas nos últimos tempos tem me incomodado a quantidade de comerciais exibidos nesse canal. Está demais! Por isso, resolvi selecionar algumas pérolas do Discovery que estão disponíveis no YouTube e que não carregam apelos comerciais. Nem todas estão em português e isso é proposital: salve a diversidade!







domingo, 18 de janeiro de 2009

Ensaios Sobre a Cegueira: viagem do texto à tela

Sabe quando a miséria humana é descascada como uma cebola? Foi essa a sensação que tive ao assistir "Ensaios sobre a Cegueira" de Fernando Meirelles (O Jardineiro Fiel, Cidade de Deus), baseado no livro homônimo de José Saramago. O filme nos leva para um asilo onde as primeiras vítimas de uma epidemia de cegueira são encaminhadas: esse lugar vai se transformando em um inferno na medida em que fica lotado. No meio do grupo de cegos está a mulher de um oftalmologista, vivida por Julianne Moore, que decide acompanhar o marido quando este é levado para a quarentena. Por segurança, eles escondem que a mulher enxergava e ela passa a ser a única testemunha ocular do sofrimento que se instala naquele lugar que pode ser uma alegoria dos antigos leprosários ou das atuais penitenciárias brasileiras. Só agora entendo um slogan que estava estampado no cinema: pior do que não ver é ser a única pessoa que enxerga. Se você não viu o filme, vale ver o trailer:



Depois da sessão pipoca, eu e meu marido ficamos curiosos para conhecer as razões de o filme de Meirelles não ter feito o sucesso que merecia. Talvez por se tratar de uma adaptação de um best-seller, o que leva à inevitável comparação das linguagens literária e cinematográfica. Felizmente eu havia lido o livro há muitos anos - o que garantiu o distanciamento necessário para não cair nessa armadilha. Até porque, ao ver a reação de Saramago assitindo o filme pela primeira vez, não resta dúvidas sobre o valor da película:



Confesso que me lembro pouco do texto literário, mas não esqueço de como eu me deliciava com o rítmo produzido pela ausência quase absoluta da pontuação e de fechar o livro várias vezes durante a leitura para refletir nas situações loucas que Saramago criava. Fiquei muito tempo pensando no sentido social da visão e nos valores que cultivamos graças à nossa percepção estética. Algumas cenas do filme me levaram novamente para essa viagem. Aliás, posso garantir que Saramago e Meirelles são excelentes companhias.

A boa do sábado

Quem vive no Rio de Janeiro conta com opções privilegiadas de lazer, mas as vezes o automatismo de ir ao shopping impede a exploração de novos cenários. Ontem coloquei a Luisa no carro, convidei uma amiguinha dela - que também se chama Luisa - e juntas fomos desbravar um cantinho maravilhoso da Gávea: o Instituto Moreira Salles. Foi lindo ver as crianças observando, curiosas, a pequena cachoeira, o lago com carpas e tartarugas, margeado por um belíssimo painel de azulejos e os quadros de Segall. Elas também ouviram histórias incríveis com "Os tapetes contadores de histórias" e para terminar, ficaram ensopadas brincando no chafaris do dragão. Vejam alguns desses momentos:



Faltou só um pouquinho mais de cordialidade dos funcionários que, mal humorados, chamavam a atenção quando as crianças corriam. Eu pensava: se esse é um comportamento comum aos três anos e se queremos formar público para centros culturais, a tolerância e a simpatia deveriam ser cultivadas nesses locais. Cara feia também faziam alguns adultos no café - eles devem ser clientes daquelas pousadas que não aceitam crianças: é verdade, elas existem e exibem essas informações nos sites!

Ainda assim, considero que passar a tarde de sábado no IMS é uma boa pedida para as crianças. Veja a programação dos próximos sábados:

Dia 24
Histórias pra boi dormir: quem conta um conto aumenta um ponto
Bonecos, música, figurino e maquiagem despertam a imaginação infantil para um espetáculo de releituras dos contos dos irmãos Grimm e de autores nacionais nas histórias: “A verdadeira história dos três porquinhos”, “Léo e Albertina” e “O ganso mágico”.
Idade mínima: 3 anos

Dia 31
O olhar da criança na arte de Lasar Segall
Esta nova série de aulas aborda os aspectos mais relevantes do pensamento de grandes artistas, sob o contexto de suas técnicas, obras e biografia. As crianças farão releituras dos trabalhos do artista da exposição Segall realista, em cartaz atualmente no IMS-RJ.
Idade mínima: 3 anos


Vale conferir!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Você é capa de revista?

Será que a busca desenfreada pela beleza não está mais na moda? Penso nisso quando vejo as fotos das adolescetes lindas que conheço e que mantém páginas no orkut: muitas usam fotos deformadas ou apenas pequenas partes do corpo. Talvez elas façam isso por não se acharem "capa de revista"? Mas o que é ser a garota da capa? Para refletir um pouco sobre o assunto, sugiro a essas gatinhas, abençoadas com uma beleza única, que assistam esse filme:

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Você pensa em comprar um imóvel em construção? Prepare-se!

Considerando ser esse um espaço para discutir educação - formal e não-formal, vou apresentar discussões que, embora pareçam exclusivamente de interesse de um grupo restrito - os futuros moradores do condomínio Cores da Lapa, podem interessar aos que pretendem comprar imóveis ainda na planta. Para situar vocês, tenho que começar pela idealização do empreendimento, que teria partido da secretaria municipal de urbanismo. Na época, a proposta de construção de um condomínio residencial na Lapa não convenceu as grandes construtoras do Rio de Janeiro, mas a construtora paulista Klabin Segal comprou a idéia e para a surpresa de todos, o lançamento foi um enorme sucesso. O site da Klabin informa que todas as unidades foram vendidas em duas horas, mas não foi bem assim. A minha unidade, por exemplo, foi comprada alguns dias antes, quando o corretor esteve na minha casa. De fato, houve ampla divulgação do projeto nas empresas e na mídia, enfatizando os esforços de revitalização e a imagem de polo cultural do bairro.

Resultado: cerca de 650 investidores, compraram o simpático projeto que incluía ampla área de lazer com quadras, piscinas, fitness, salas de judô e balé, spa, parede de escalada, cinema... tudo isso com a promessa de um custo condominial mais barato, água do prédio filtrada, cabeamento estruturado, sala de telemática, dentre outros serviços. Após mais de dois anos ruminando o sonho, resta uma pergunta: como está a relação de consumo entre esses cidadãos e a construtora? Como a prefeitura está encarando o projeto: será que a mudança de gestão implica em não considerar essas famílias?

Contradizendo o cronograma que recebemos ao longo da obra afirmando que os prazos estavam regularmente em dia, a entrega prevista para novembro não ocorreu. A vistoria do meu apartamento, por exemplo, foi agendada para março! Mas no contrato que assinamos, havia uma observação sobre possíveis atrasos. Aprendi que ao comprar um imóvel na planta não podemos contar com o prazo estabelecido porque parece que o atraso é a regra. Atualmente, o que mais me preocupa são os relatos que recebo dos meus futuros vizinhos que se organizaram em um grupo de discussão:

"Hoje (ontem) foi a vistoria do meu apto (Ed. Batuque...) e me deparei com o parapeito quebrado e rachado enfim, em péssimo estado. "

"Tb já fiz a minha vistoria e me falaram que essa vistoria era para a parte interna e que a parte externa ficaria a cargo da Comissão. A fachada do prédio está em péssimo estado, mas elas me informaram que seriam refeitas, agora vamos ver; como vou voltar lá pra ver o apto de novo, pois dei negativa em quase tudo da vistoria e vou ter q retornar.
Mas essa parte da faixada quem vai poder visualizar melhor são as pessoas q vão vistoriar os aptos no mês de março e a Comissão."

"...a vistoria, que por sinal foi uma tragédia total, o problema dos itens é q são muito técnicos e não tem como vc saber se realmente usaram aqueles produtos, a não ser o da tinta de parede q com certeza não é tinta latex PVA , aquilo está mais pra CAL do q qualquer outra coisa, se tiver oportunidade repare e tb reclame, pois vc encosta, ou passa a mão e sai toda branca.

Além de queixas, o grupo de discussão também pensa em medidas que possam amenizar os impactos da nossa chegada e favorecer a nossa acolhida. Ao ler os relatos dessas pessoas, penso no sentido da palavra compromisso e em como esse conceito se estabelece entre a construtora, seus clientes e a prefeitura. De que modo os futuros moradores da Lapa serão recebidos? Como resgatar os interesses originais que aglutinaram pessoas nesse charmoso espaço carioca? Acredito que essas questões trazem inúmeras aprendizagens e torço para que todos estejam ávidos por aprender.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Desvendando o Genoma

Assista o vídeo abaixo e responda as questões:



1. Logo no início do filme, o Projeto Genoma é apresentado como uma exploração. O que essa afirmação quer dizer - no contexto do filme e na sua opinião?

2. Observe e descreva, resumidamente, as características dos cromossomas.

3. Relacione esses dois termos: DNA e cromossomos.

4. O vídeo fala de nucleotídeos. Veja essa parte cuidadosamente e explique: o que são, onde se localizam e de que são formadas essas estruturas? Se necessário, ilustre a sua resposta.

5. O vídeo fala das bases nitrogenadas localizadas no DNA e de como elas se emparelham. Essa parte teve algum significado para você? Caso a resposta seja não, pesquise, explore essa questão em outros sites e descubra sozinho a constituição básica do DNA.

6. Agora você poderá apropriar-se dos termos usados nas questões anteriores para explicar o que são genes. Capriche!

7. Aproveite o embalo e explique o papel dos genes na produção de proteínas.

8. Quais são os exemplos de proteínas citados no vídeo? Você conhece outros tipos? Se sim, quais? Se não, deixe de preguiça, investigue!

9. De acordo com o vídeo, qual é o objetivo do projeto Genoma? Você acha que esse objetivo é possível? Trate essa questão em dois parágrafos: o primeiro apresentando os objetivos do projeto e o segundo problematizando esses objetivos. Lembre-se: é possível consultar diferentes fontes antes de dar a sua opinião.

10. Finalmente, assista outros vídeos sobre o tema e eleja o melhor, justificando o seu parecer.

P.S. Caso você seja meu aluno, suas respostas deverão ser enviadas na sessão comentários, com nome e turma. Sugiro que imprima e guarde suas respostas, na pasta personalizada, para uma eventual conferência.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Você conhece a história das coisas?

Clique aqui para assistir um vídeo que tem feito um sucesso estrondoso na Rede e entenda as razões de toda essa receptividade. Sem grandes efeitos além de uma animação simpática e da apresentadora Annie Leonard, com sua excelente dicção, o singelo filme nos leva a pensar um pouco. Espero que além do sucesso, ele consiga produzir alguns efeitos nos hábitos de consumo que tanto cultivamos. Aliás, quando levei esse vídeo para os meus alunos, essa foi uma questão levantada por uma de minhas alunas: até que ponto as pessoas assistem, sofrem ao saber que fazem parte dessa engrenagem, mas mantém a mesma prática compulsiva diante dos bens de consumo? Eu não sei responder essa questão. Alguém aí se habilita?

Mesmo que o seu inglês não esteja grandes coisas, garanto que você vai entender.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um exercício para a sua imaginação

A história de Luis Gonzaga se confunde com a trajetória de outros brasileiros que deixaram a casa dos pais para tentar a sorte. Ao descobrir essa pérola, prontamente me identifiquei com o enredo e me encantei com o modo ritmado com o qual Gonzaga conduzia seus ouvintes. Ouça e solte a imaginação para conseguir enxergar e, quem sabe até participar das cenas:

A revolução dos Concursos

2009, além de ser abençoado pelos feriados, será um ano de muitos concursos - a previsão é de 105 mil vagas. Por isso, sugiro aos meus colegas professores que dêem uma olhada nas opçõe: é provável que alguma oferta seja atraente, ou pelo salário, ou pela função. Enquanto escrevo, imagino vocês praguejando a indústria dos concursos que ganham muito dinheiro... mas nesse caso, o que interessa não é apenas ser aprovado, embora esse resultado seja muito bem-vindo. Já pensou, vários professores pedindo demissão ao receber a sonhada notícia da aprovação? Finalmente os donos de escola teriam que tirar o escorpião do bolso para manter seus profissionais... Bom mesmo seria saber que mais professores estão tomando posse e levando cultura e produtividade aos setores públicos. Mas uma verdadeira revolução aconteceria se mais educadores descobrissem, ao assumir o papel de candidatos, que o que tem sido avaliado nos concursos é a visão de mundo do candidato. Por isso, o professor atento, passaria questionar a sua prática e passaria a evitar aquelas atividades decorebas" que não preparam o sujeito para concursos e muito menos para a vida. Assim, novas práticas seriam pensadas para aguçar essa visão de mundo e seria comum ver professores levando os alunos ao cinema, ao teatro, às praças, aos hospitais, à praia, aos museus... ou trocando com os jovens preciosidades como livros, cds, conteúdos de blogs... enfim, a curiosidade passaria a ser um bem a ser partilhado. Vamos tentar?



domingo, 11 de janeiro de 2009

Uma visão empresarial-humana para as escolas

Ouve-se muito falar que as escolas viraram empresas, mas afinal o que uma instituição de ensino pode aproveitar desse modelo, além de simplesmente focar no lucro? No vídeo abaixo, produzido pela ikwa, encontramos algumas pistas. Ele fala sobre a atribuição dos recursos humanos e do potencial desse setor para melhorar a produtividade da empresa - no caso da escola, penso que o grande produto que se espera é o conhecimento. Assim, o especialista (perdão, mas não encontrei o nome dele no vídeo) afirma que desde o primeiro dia deve-se trabalhar na manutenção das pessoas contratadas e na garantia de um crescimento constante desses profissionais. Para ele, cuidar dos recursos humanos passa por pensar em propostas que façam sentido para a melhoria do "negócio"aliada ao crescimento dos indivíduos que dele participam.
Lançando um olhar sobre a eficiência da organização, o vídeo sugere que é possível otimizar os recursos humanos para que a empresa funcione cada vez melhor, com os mesmos recursos e que esses possam "sobrar" para que novos projetos sejam implementados.

Ao assistir esse vídeo, não pude deixar de pensar nas escolas que dispensam seus recursos preciosos, como já discutimos aqui.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Educadora-amiga adverte: 2009 SERÁ UM ANO MUITO CANSATIVO.

Hoje recebi um e-mail de uma educadora incrível com a descrição dos feriados de

2009. Como vida de professor é punk, resolvi publicar para que meus outros colegas, meus alunos e os demais leitores que trabalham duro possam ficar aliviados. Aproveitem para programar suas viagens. Tomara que além de tempo, sobre uma graninha para visitar o Caribe, a França, a Índia....


Feriados 2009 - Brasil
01/01/09 quinta-feira Confraternização Universal
23/02/09 segunda-feira Carnaval
24/02/09 terça-feira Carnaval
10/04/09 sexta-feira Paixão de Cristo
21/04/09 terça-feira Tiradentes
01/05/09 sexta-feira Dia do Trabalho
11/06/09 quinta-feira Corpus Christi
09/07/09 quinta-feira Revolução Constitucionalista (SP)
07/09/09 segunda-feira Independência do Brasil
12/10/09 segunda-feira Nossa Sra Aparecida - Padroeira do Brasil
02/11/09 segunda-feira Finados
15/11/09 domingo Proclamação da República
20/11/09 sexta-feira Zumbi/Consciência Negra
25/12/09 sexta-feira Natal

Ao todo serão:
8 Feriados na Seg/Sex
5 Feriados na Ter/Qui
Total: 13 Feriados (em dias úteis)

Se somarmos aos feriados (sábados/domingos e enforcarmos quando cair na ter/qui, teremos 44 dias de feriadões!)
O ano tem 365 dias, são 52 semanas, portanto 104 dias de descanso, você tem mais 30 dias de férias, são 13 feriados em 2009, "enforcando" somamos mais 5 dias, assim iremos trabalhar somente:
365 - (104+30+13+05) = 213 dias
Isso significa que trabalharemos só 58,35% do ano, ou 1.704 horas das 8.760 horas que tem 01 ano, ou seja nós trabalhamos somente 19,45% das horas do ano.

Ainda quer que a pessoa não beba!

E você ainda quer mais descanso ..... Reclama do que????

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Boa notícia no Brogui.com

Mesmo não fazendo parte do seleto grupo de convidados da Glória, gostei de saber que os blogueiros estão sendo bem tratados por aí! Se é mídia oficial ou não, vejo o blog como um espaço para exercitar a expressão e para trocar experiências, emoções, conhecimento, tarefas... Ao explorar outros blogs tenho a sensação de visitar pessoas, na intimidade: bom-de-mais-da-conta!

Chega de Crianças Desaparecidas


Dói na alma pensar nas 40 mil crianças e adolescentes que desaparecem a cada ano no Brasil. Ao imaginar a experiência de abandono dessas crianças e a dor da ausência que atormenta essas famílias, vejo minha filha recebendo abraços e ouvindo muitas vezes "Eu te amo" dos pais, avós, tios, primos... como sobreviveríamos sem abraçá-la?
Voltanto à estatística, estima-se que 50% das crianças desaparecidas sofreram maus tratos - porque somos tão omissos com essa questão que continua recorrente na nossa sociedade? Sabe-se também que 15% das crianças que somem sem motivo aparente, não deixam vestígios e jamais voltam ao lar! Se esses números nos indignam, não deveríamos fazer algo? Ou a nossa indignação será como canta a banda Skank "uma mosca sem asas, não ultrapassa as janelas de nossas casas"?
A internet tem sido o canal de divulgação e desabafo para as famílias que enfrentam esse drama. Ainda bem que esse recurso existe, porque o poder público brasileiro até hoje não desenvolveu um cadastro único para as crianças desaparecida!!! Por falar nisso, você pode ajudar enviando um e-mail AGORA para os políticos que elegeu, exigindo que esse cadastro seja criado e junto com ele, um eficiente programa de comunicação.
Enquanto eles continuam sem agir, nós podemos, por exemplo, sugerir às escolas que mantenham no local mais visitado, um monitor exibindo fotografias ampliadas de crianças desaparecidas. Os alunos podem ajudar preparando as apresentações, ao mesmo tempo em que são orientados em como evitar sequestros. A constante atualização das informações podem ser alimentadas através das muitas comunidades do orkut que reúne forças através da Rede.
Os programas infantis deveriam desenvolver estratégias para tratar o assunto com as crianças e outros programas poderiam homenagear pessoas que ajudaram a localizar crianças desaparecidas, para que tal solidariedade se tornasse uma espécie de objeto de desejo.
Por falar em veículo de comunicação, o que os nossos estão esperando para adotar o Alerta Amber*, que consiste na divulgação de fotografias e informações assim que é feito o registro do desaparecimento de uma criança americana?

*Inspirado no caso da menininha Amber Hagerman que desapareceu aos 9 aos e foi encontrada degolada em um rio.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Parece óbvio mas não é

Meu marido vive dizendo que não entende a razão de investir recursos para pesquisar o que todo mundo já sabe. Pensei nisso quando soube de uma pesquisa realizada na Universidade Nacional da Austrália que "revela" que os alunos com bons professores levam metade do tempo para aprender um conteúdo, em comparação com os que têm professores mal preparados. Para esses pesquisadores, bons professores são aqueles que conciliam vocação com curiosidade e facilidade de relacionamento. Se esses pesquisadores estiverem, de fato, obviamente corretos, quem tem a intenção de facilitar a aprendizagem deve aguçar caractarísticas que, embora sejam inerentes ao bicho homem, tendem a se retrair, muitas vezes ao longo da formação do professor. Outra pesquisa, descrita no relatório McKinsey & Company de 2007, sugere que os países que têm as melhores escolas e os melhores alunos, como Finlância e Inglaterra, são aqueles que mais valorizam os professores. Essa pesquisa, pelo menos para os nossos governantes, não é nada óbvia. Basta analisar as mirabolantes propostas de "melhoria do ensino" típicas da chegada dos novos gestores públicos. Assim, é melhor que as pesquisas continuem... quem sabe um dia algum de nossos eleitos resolve dar atenção a elas?
Enquanto isso não acontece, podemos ensinar nossos filhos a valorizar seus bons professores!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Os casais e a galinha de Quiroga

Como gosto muito de contos, amei ganhar de amigo oculto o livro "Os melhores livros da América Latina". Um dos contos de Horácio Quiroga incluído nessa coletânea é o "A Galinha Degolada", você já leu? Se não, sugiro que leia. Ele narra a história do casal Mazzini-Ferraz e seus cinco filhos. Os quatro primeiros nasceram normais, mas nos primeiros anos de vida se tornaram retardados (não se preocupe agora com o fato de ser ou não esse um termo politicamente correto). Cada filho representa o desejo de acertar daquele casal. Cada tentativa frustrada traz a amargura típica dos casais que insistem, inutilmente, naquilo que não pode ser - como a união deles, por exemplo.

A quinta filha do casal nasce normal e nela é depositada todo potencial de amor do casal que havia sido incapaz de distribuir aos demais filhos qualquer tipo de afeto. Quiroga não descreve tão detalhadamente essa filha, mas revela que a complacência dos pais "levava a pequena aos mais extremos limites do mimo e da má criação". Mas os quatro primeiros filhos são descritos com maestria - posso vê-los babando no banco do pátio, com suas roupas sujas e descabelados.

Para o casal, seus quatro primeiros filhos não passavam de meras bestas. Para ambos os genitores, a responsabilidade pela herança dos "quatro monstros" era sempre do outro. Como fazem os casais: quando tudo dá certo, cada um quer para si a glória, mas quando algo distoa do planejado, a culpa é sempre do outro. Na história, as crianças débeis cresceram observando tudo inclusive uma galinha sendo dessangranda lentamente para se conservar o frescor da carne. Mordendo a língua e mugindo, eles pediam o cuidado e o amor negados. Mas não lhes deram atenção. O resto, só lendo...

Fundo do Baú Infantil

Ontem eu apresentei a música Superfantástico para a Luisa e ela amou!



É claro que ela pediu para tocar várias vezes e no final, nós duas dançamos sem parar com a galera do Balão Mágico. Fantástico mesmo é trazer os prazeres da minha infância para visitar a infância da minha filha. Que tal você pesquisar algo no Youtube que remeta à sua infância e partilhar isso com uma criança - pode ser uma criança grande, desde que ela tenha preservado o bom humor típico dos pequenos. Depois me conta como foi!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Buscas Práticas

Imagine-se em uma insônia, procurando a melhor posição para a sua hemorróida: um distúrbio que todo mundo acha engraçado até experimentá-lo. Enquanto se vira de um lado para o outro sem saber o que fazer, você se dá conta de que no seu quarto tem um computador conectado à Rede e que ela pode trazer uma luz para o seu estimado fim do túneo. Dependendo do seu estilo de pesquisa, poderá consultar o pubmed e ler resumos de artigos que trazem as mais recentes pesquisas randomizadas sobre o assunto. Nessa busca você encontrará conselhos médicos para a não auto-medicação e poderá te encorajar à encarar a cirurgia. Também poderá encontrar sugestões inusitadas como ferver água e cebola e deixar que o vapor delas ajam na região e é possível que se sinta tentad@ à experimentar.

Ou então, a dúvida que bloqueia o seu sono pode ser qualquer outra: parto normal? aplicação de flúor na infâcia? ruptura do tendão?... Porém, esse episódio ilustra como a nossa geração conquistou uma liberdade ímpar para buscar o "saber como agir"em situações novas. Resta saber se temos disposição para essa busca e o que fazemos com esse conhecimento.